![]() |
O advogado Carlos Zucolotto Jr. (à esq.) com Sergio
Moro, o vocalista do Skank,
Samuel Rosa, e a mulher de Moro, Rosangela, em show da
banda em Curitiba
|
Investigado na Lava Jato, o advogado Rodrigo Tacla Duran, que
tem cidadania espanhola e não foi extraditado ao Brasil, acusa o advogado
Carlos Zucolotto Júnior, amigo do juiz Sergio Moro, de vender favores na
Operação Lava Jato, como a redução de penas e multas; ele diz ter em seus
arquivos correspondências de Zucolotto que comprovariam a intermediação de
vantagens; em nota, Moro afirmou que Zucolotto, que foi com ele recentemente a
um show do Skank, é um profissional sério e negou qualquer tipo de
triangulação; a advogado também afirmou que a acusação é absurda; Tacla Duran
está escrevendo um livro em que pretende contar sua versão dos fatos
27 DE AGOSTO
DE 2017
Investigado na
Lava Jato, o advogado Rodrigo Tacla Duran, que tem cidadania espanhola e não
foi extraditado ao Brasil, acusa o advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo do
juiz Sergio Moro, de vender favores na Operação Lava Jato, como a redução de
penas e multas.
É o que a
aponta a jornalista Mônica Bergamo, em reportagem publicada neste domingo na
Folha de S. Paulo.
"O
advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016,
acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de
casamento do juiz Sergio Moro, de intermediar negociações paralelas dele com a
força-tarefa da Operação Lava Jato. O advogado é também defensor do procurador
Carlos Fernando dos Santos Lima em ação trabalhista que corre no STJ (Superior
Tribunal de Justiça)", diz Mônica.
Tacla Duran
diz ter em seus arquivos correspondências de Zucolotto que comprovariam a
intermediação de vantagens. Segundo a reportagem, Zucolotto seria pago por meio
de caixa dois e o dinheiro serviria para 'cuidar' das pessoas que o ajudariam
na negociação.
Em nota, Moro
afirmou que Zucolotto, que foi com ele recentemente a um show do Skank, é um
profissional sério e negou qualquer tipo de triangulação. "A alegação de Rodrigo Tacla Duran de
que o sr. Carlos Zucolotto teria prestado alguma espécie de serviço junto à
força-tarefa da Lava Jato ou qualquer serviço relacionado à advocacia criminal
é falsa", disse o magistrado. "O sr. Carlos Zucolotto é pessoa
conhecida do juiz titular da 13ª Vara Federal [o próprio Moro] e é um
profissional sério e competente", afirma ainda.
O advogado
também afirmou que a acusação é absurda. "Não tem o mínimo de verdade
nisso. Não existe", diz Zucolotto. "Eu não conheço ninguém [da
força-tarefa]. Nunca me envolvi com a Lava Jato. Sou da área trabalhista. Não
tenho contato com procurador nenhum", diz.
Tacla Duran,
por sua vez, está escrevendo um livro em que pretende contar sua versão dos
fatos. "Carlos Zucolotto então iniciou uma negociação paralela entrando
por um caminho que jamais imaginei que seguiria e que não apenas colocou o juiz
Sergio Moro na incômoda situação de ficar impedido de julgar e deliberar sobre
o meu caso, como também expôs os procuradores da força-tarefa de
Curitiba", escreveu Duran, num dos trechos obtidos por Mônica Bergamo.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]