01/11/2017
Números do PIB
dos municípios de Caucaia e de São Gonçalo do Amarante evidenciam
significativos avanços nos anos de 2010 a 2014. Enquanto a riqueza cearense
avançou 12,3% ao ano, em São Gonçalo do Amarante, este foi de 30,8% a.a e, em
Caucaia, 18% a.a. No triênio 2012/2014, o PIB de São Gonçalo do Amarante
duplicou por dois anos seguidos, registrando a segunda maior renda per capita
do Ceará, enquanto Caucaia se apresentava na quarta posição, com valores de R$
32.389 e R$ 15.774, ambas acima da renda per capita do estado (R$ 14.255), em
2014.
Em
consequência disso, entre os anos de 2010 a 2015, houve expansão do emprego
formal na região, com geração média anual de 4,9 mil empregos formais, quando o
número de vínculos ativos de emprego saltou de 49,0 mil para 73,5 mil,
respectivamente, o que fortaleceu o processo de estruturação do mercado de
trabalho do entorno do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), segundo
a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
Em 2016, esse
movimento foi atenuado em função das dispensas de trabalhadores decorrentes do
término da construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e da retração da
atividade econômica no estado e no País, posto que o número de trabalhadores
demitidos na região (29,1 mil) superou o de admitidos (21,8 mil) em 7,3 mil
pessoas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Os
mercados de trabalho de Caucaia e de São Gonçalo do Amarante responderam por
97,3% desse resultado.
Os dados são
do estudo “O Mercado de Trabalho no Entorno do CIPP – Volume II: Dinâmica
Recente”, divulgado hoje (25/10) pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento
Social (STDS), o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), a Prefeitura
de São Gonçalo do Amarante e a Associação das Empresas do Complexo Industrial e
Portuário do Pecém (AECIPP).
Impactos no
mercado de trabalho
Em 2016, a
taxa de desemprego regional cresceu, chegando a 16,1% da força de trabalho
efetiva, o equivalente a 28 mil desempregados. Os maiores determinantes desse
crescimento foram os efeitos demográficos (crescimento da população em idade
ativa) e incrementos da taxa de participação (maior oferta de mão de obra),
posto que o nível de ocupação mostrou relativa estabilidade. De fato, o
incremento de 13 mil pessoas na condição de desempregados, em 2016, refletiu
basicamente a inserção de 12 mil pessoas no mercado de trabalho (maior número
de pessoas economicamente ativas).
Ademais, o
estudo também revelou que o trabalho autônomo e o emprego doméstico registraram
as maiores representações, desde 2014, e o grau de desigualdade de inserção no
mercado de trabalho na região, como, por exemplo, por gênero, idade e
escolaridade. O rendimento médio real do aglomerado Caucaia/S. G. Amarante foi
estimado em R$ 1.154, em 2016, com perda acumulada de 13,2% em dois anos.
Sine-IDT
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