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Fortaleza vai se tornar o ponto de maior conectividade
intercontinental da América Latina e importante elo na ligação com a África e a
Europa
22/11/2017 - O
Ceará está se consolidando como o grande centro de conexão do Brasil com o
mundo no campo das telecomunicações, de linhas aéreas e de cargas marítimas. No
início do mês de agosto, deu-se mais um grande passo nessa direção: começou o
cabeamento submarino que ligará Fortaleza a Angola, na África. Será a primeira
ligação direta, por meio de fibra ótica, entre os dois continentes. Com isso,
mais o cabo Monet –que liga o Brasil aos Estados Unidos e deve começar a operar
no fim deste ano– e a construção de um datacenter na praia do Futuro
(Fortaleza), o Estado se firma como a grande porta de entrada de
telecomunicações do Brasil. O cabo, chamado de Sacs (South Atlantic Cable
System), trará uma série de melhorias ao tráfego de dados entre os dois
continentes e o restante do planeta. Hoje, a conectividade dos países africanos
com o mundo se dá necessariamente pela Europa. A do Brasil, por meio dos
Estados Unidos ou da Europa. Uma ligação direta oferece mais velocidade,
segurança e economia. No quesito velocidade, é questão de milessegundos, mas
que fazem a diferença principalmente para o mercado financeiro. No caso do
custo, pode cair até 80%. “Esse projeto começou a ser pensado há quatro anos e
tem uma enorme importância estratégica por fazer essa ligação sul-sul”, afirma
Antó- nio Nunes, CEO da Angola Cables, empresa que está construindo o Sacs e
tem participação também no Monet, que ligará a Flórida a Fortaleza e depois a
São Paulo. A empresa é, ainda, uma das controladoras do Wacs, cabo de fibra
ótica que liga a África do Sul ao Reino Unido, na Europa, servindo os países da
costa oeste africana. “Esses três cabos, aliados ao datacenter que já temos em
Angola e ao que estamos construindo em Fortaleza, darão segurança às empresas
que dependem de grande fluxo de dados e trarão desenvolvimento aos dois
países”, afirma Nunes. O investimento da Angola Cables no Brasil chega a US$
300 milhões (quase R$ 1 bilhão). Os cabos submarinos existem desde o fim do
século 19, quando foram usados para comunicação via telégrafo. À época,
transmitiam duas palavras por minuto. Nos anos 1970, passaram a ser usadas as
fibras óticas, que permitem atingir a velocidade da luz. Esses cabos são
responsáveis atualmente por quase todo o tráfego de dados (internet, por
exemplo) e de voz (telefones fixos e celulares) entre os continentes. São mais
baratos, mais rápidos e mais seguros do que a transmissão via satélite. Devido
à maior utilização de sistemas de computação e armazenamento em nuvem, à
proliferação de datacenters e à popularização dos serviços de streaming
(principalmente de vídeos), seu uso tem crescido exponencialmente. Daí a
necessidade de cabos novos e mais modernos. O Estado tem ainda outra vantagem
competitiva. O Governo do Ceará construiu o chamado cinturão digital, ligação
por fibra ótica de cem municípios. É tráfego de dados ágil e confiável para
levar a nova economia, aliada à tecnologia, para além de sua capital.
Os novos cabos darão segurança às empresas que dependem de
grande fluxo de dados e trarão desenvolvimento aos dois países
Objetivo do Estado é se tornar um exportador de serviços, com
ampliação de infraestrutura e mão de obra qualificada

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