header ads

Porto do Pecém em São Gonçalo do Amarante embarca 23,1 mil t em um dia; movimentação recorde

Robério Soares

Segundo dados do Cipp, o número é bem superior à média diária de embarques, que é de 10 mil toneladas


21/12/2017 - O Porto do Pecém completou uma nova operação de carregamento de placas de aço na última terça-feira (19) e dessa vez a atividade registrou um recorde de movimentação de itens. Ao todo, 1.112 placas, pesando em média entre 20 e 25 toneladas (t) cada, foram embarcadas, acumulando 23.141 toneladas em apenas 24 horas de trabalho. A carga, colocada no navio Equinox Star, parte do Pecém com destino à Tailândia. A viagem deverá durar cerca de 30 dias.

Para o presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), Danilo Serpa, o planejamento adequado e a busca constante por melhoria dos resultados das operações, que geralmente envolvem itens produzidos pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), são os principais fatores para que o recorde fosse registrado na última terça.

 "Nós já trabalhamos nos três turnos, então não tivemos hora extra. O planejamento fez toda a diferença para o resultado. Estamos sempre buscando otimizar nossas operações. No último planejamento foram feitos investimentos em aquisição de novos guindastes e equipamentos para a operação do material produzido pela CSP", disse Serpa.

Equipamento

A infraestrutura do porto também foi fundamental para que a operação chegasse ao nível de 23 mil toneladas em um único dia, valor que é 130% superior à média de 10 mil toneladas registrada no restante do ano pela equipe de gestão.

A possibilidade de utilizar quatro guindastes durante o processo, sendo dois de terra e dois de bordo, também colaborou para a quebra do recorde, como explica o coordenador operacional do Cipp, José Alcântara Neto. Segundo ele, no entanto, o tipo das placas, de médio porte, favoreceram a logística da operação sem comprometer as normas de segurança.

"Para usarmos os quatro guindastes depende da disponibilidade do porto, do navio e, claro, do tamanho das peças que vamos carregar. As placas mais pesadas exigem um guindaste específico, então a gente não poderia trabalhar com quatro equipamentos por conta do risco de acidentes", comentou José.

Logística

Segundo o diretor operacional do Cipp, o planejamento prévio para a operação também ajudou a otimizar o manuseio das placas, considerando que as peças estavam mais próximas do navio e do porto do que em outras ocasiões em 2017.

"O contrato que nós temos com a CSP é de carregar 10 mil toneladas por dia, mas já vínhamos conseguindo executar 15, 16 mil por dia. Nós sempre procuramos melhorar e já conseguimos movimentar 19 mil toneladas em 24 horas. Agora, claro que o planejamento ajudou bastante essa operação, assim como o fato de que as placas estavam sendo armazenadas em um local mais próximo do porto do que o normal", disse José.

 A expectativa do diretor operacional do Cipp é de conseguir manter o nível elevado de movimentação durante o ano de 2018, mesmo que não seja possível atingir o patamar de 23 mil toneladas em todas as operações. Segundo José, a possibilidade de manter a média perto das 20 mil toneladas diárias não é descartada pelo Cipp.

"Com certeza a gente vai buscar manter esse patamar de 23 mil toneladas, mas sabemos que cada operação tem suas especificidades. A gente sempre busca melhorar e agora que a gente chegou nesse nível vamos sempre tentar chegar perto, mesmo que seja difícil. Acredito que conseguiremos ficar entre 16 e 20 mil toneladas por dia", avaliou o diretor do Cipp.

José Alcântara ainda comentou sobre o resultado anual que o Porto do Pecém deverá apresentar ao fim de 2017. Ao todo, estima-se que serão movimentadas 15,5 milhões toneladas até a chegada de 2018.


Comentários