Por Kiko
Nogueira - 10 de maio de 2018
“O risoto
queimou por causa do lulodilmismo”
Um dos
segredos do negócio da velha mídia é apostar na velha máxima segundo a qual
nasce um otário a cada minuto.
Miriam Leitão
leva essa crença ao limite do absurdo, de modo a, como num filme ruim de
Buñuel, ela mesma se transformar numa otária.
Miriam tem uma
fórmula para explicar o atual fracasso econômico do Brasil, da Argentina e do
Congo Belga: a herança maldita.
Temer, nesse
sentido, pegou um barco destruído pelo “lulodilmismo”.
No caso dos
nossos vizinhos, que acabam de recorrer ao FMI antes de ir para o buraco, a
mesma coisa: a culpa é dos peronistas, kirchneristas e “radicais”.
Na coluna do
Globo desta quarta, dia 9, ML escreve que “o ajuste gradual de Mauricio Macri
na Argentina não foi suficiente para reverter a crise montada no governo
anterior.”
Segue:
“Na política,
o governo que tenta consertar às vezes paga o preço dos erros de quem veio
antes. (…) Ele agora é atingido politicamente. Ano que vem tem eleição na
Argentina, e os peronistas terão o discurso de que Macri criou a crise.”
É
inacreditável.
Em outubro,
quando das eleições legislativas, Miriam cravava que a Argentina podia “crescer
3% este ano [2017] e 4% no ano que vem”.
Para ela, “o
ajuste promovido pelo governo já traz resultados concretos que começam a ser
percebidos pela população”.
Num clima de
choripán, entrevistou pelo telefone Florencia Vazquez, economista do BNP
Paribas, que lhe garantiu que “a recuperação foi guiada por investimentos, mas
agora está mais focada no consumo e se espalhando por outros setores”.
Etc etc etc.
Seria muito
mais honesto admitir que errou. Jornalistas temos problema com isso, mas diante
de uma presepada destas, seria o mínimo.
Miriam prefere
apontar o dedo para o bode expiatório de sempre e tratar sua audiência como
idiota. É wishful thinking puro, fé e empulhação.
Se dá certo
com o Feliciano, por que não com Miriam Leitão?
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