Por Raymundo
Gomes | 7 de junho de 2018
Um
ex-presidente da República, preso há dois meses, líder disparado nas pesquisas
de intenção de voto a quatro meses da eleição, faz sua primeira manifestação
pública, como depoente em um processo.
Seria manchete
principal em qualquer país do mundo, certo?
Certo.
Menos no Brasil.
Os três
diários nacionais – Folha, Estado e Globo – fizeram o possível para esconder o
assunto nesta quarta-feira.
Globo e Folha
relegaram Lula a pequenas “chamadas”, como se diz no jargão jornalístico
(destacadas em vermelho na imagem deste post).
O Estadão
conseguiu façanha ainda maior: ignorou totalmente o acontecimento na capa.
O maior espaço
da primeira página foi dedicado a uma matéria “fria” – também como se diz na
gíria da profissão – sobre “a nova geração de investidores”.
A imagem do
dia – um Lula altivo, colocando no seu lugar o juiz e pseudo-ex-lulista Marcelo
Bretas – não aparece na primeira página de nenhum dos três.
Nada numa
primeira página de jornal, como sabe qualquer um, é gratuito.
Quem faz a
primeira página são jornalistas da confiança da direção dos jornais.
Esses
jornalistas vão dormir com a consciência tranquila de que seguiram bons
critérios jornalísticos?
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]