POR FERNANDO
BRITO · 11/09/2018
Jair Bolsonaro
passou de 22 a 24% no Datafolha. Estatisticamente, como já se disse, nada
diante da megaexposição depois da facada recebida em rede nacional de TV.
Ciro Gomes, de
10 para 13%, um resultado por certo expressivo, que muito tem a ver com a guinada
de seu discurso para a defesa de Lula.
Mas Fernando
Haddad dá um salto espetacular, passando de meros 4% para 9% e empatando
estatisticamente com o “bolo” formado em segundo lugar pelo próprio Ciro,
Marina Silva e Geraldo Alckmin.
É, sem dúvida,
o número mais expressivo e diferente nesta rodada de pesquisas.
Afinal, mais
que dobrou as intenções de voto em 15 dias.
Mas procure no
noticiário e veja se encontra esta informação antes do quarto ou quinto
parágrafo e sem qualquer ênfase.
Isso na
véspera de ser oficializado como candidato da coligação do PT, avalie só.
Tudo o que
possa tirar o impacto deste avanço – que merece bem o nome de disparada – está
sendo feito e, claro, inutilmente.
Daqui a pouco
os comentaristas políticos – salvo as raras exceções dos que já falam isso
agora – vão reconhecer o crescimento inexorável do “candidato do Lula”.
Agora, porém,
seu convencionalismo e, por vezes, suas cumplicidades, não lhes permitem
afirmar o que está óbvio.
É virtualmente
impossível que o empuxo tomado pela candidatura Haddad, ainda mais com sua
oficialização, não o empurre mais acima, talvez já no segundo lugar nas
próximas pesquisas.
E fogo de
morro acima, água de morro abaixo e candidato que dispara ou despenca seguir na
trajetória que se percebe é algo incontrolável.
Mesmo pela
mídia e pelos comentaristas que, aqui na internet, procuram deixar em segundo
plano o que é o dado mais importante da pesquisa.
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