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"Fux agrediu ainda os Artigos 5º e 220 da Constituição e restituiu a censura prévia no país, determinando que eventual entrevista já feita não fosse publicada", diz o jornalista Reinaldo Azevedo ao elogiar a decisão do ministro Ricardo Lewandowski para que se cumpra a decisão que ele havia tomado na sexta-feira, quando autorizou o ex-presidente Lula a conceder entrevistas; "Está em curso uma óbvia degeneração institucional no país. A degradação atinge hoje o Poder Judiciário de maneira particularmente grave"
2 DE OUTUBRO
DE 2018
O jornalista
Reinaldo Azevedo elogiou a decisão do ministro Ricardo Lewandowski desta
segunda-feira, 1, que se cumpra a decisão que ele havia tomado na sexta-feira,
quando autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder
entrevistas para a Folha de S. Paulo e para o jornalista Florestan Fernandes,
ignorando a decisão do ministro Luiz Fux, que havia suspendido a determinação
de Lewandowski.
"Saibam
vocês que a decisão de Fux foi de tal sorte atabalhoada, imprópria, ilegal,
inusitada, absurda que nem mesmo seus aliados no tribunal ousaram defendê-la.
Nem os ministros que acham a entrevista de Lula inconveniente se atreveram a
apoiar o "interventor". Tanto á assim que circula a hipótese de que a
decisão saiu com a assinatura de Fux, mas sem que ele próprio soubesse do que
se tratava. Teria emprestado o nome a uma causa, o que seria de uma extrema
gravidade", diz Reinaldo.
Eis os motivos
apresentados por Reinaldo para considerar ilegal a decisão do ministro Luiz
Fux. "1: a decisão de Lewandowski não era provisória, mas de mérito —
logo, não se tratava de cassar uma liminar; 2: a lei a que recorreu o Novo, com
despacho favorável de Fux, para suspender a entrevista não se aplica ao caso
porque seria necessário que: a: Lewandowski fosse um juiz de alguma instância
inferior à de Fux. Não é; b: que o partido Novo fosse pessoa jurídica de
direito público — no caso, é de direito privado; 3: Fux agrediu ainda os
Artigos 5º e 220 da Constituição e restituiu a censura prévia no país,
determinando que eventual entrevista já feita não fosse publicada", diz
ele.
"Está em
curso uma óbvia degeneração institucional no país. A degradação atinge hoje o
Poder Judiciário de maneira particularmente grave", avalia o jornalista.
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