A história costuma ser rápida para os precipitados; os três
maiores veículos de imprensa do país passaram tempo precioso de suas
respectivas histórias criminalizando um segmento político que nunca lhes deu as
costas, pelo contrário: a esquerda sempre se prestou a dar longas entrevistas a
essas mídias; a pedagogia pós-eleitoral chega a ser sádica: depois de blindar a
candidatura de Jair Bolsonaro com matérias "neutras", à margem do
discurso fascista que ia emergindo como energia inédita, os três jornais foram
barrados de maneira quase primitiva na primeira entrevista coletiva do
presidente eleito
2 DE NOVEMBRO
DE 2018
A história
costuma ser rápida para os precipitados. Os três maiores veículos de imprensa
do país passaram tempo precioso de suas respectivas histórias criminalizando um
segmento político que nunca lhes deu as costas, pelo contrário: a esquerda
sempre se prestou a dar longas entrevistas a essas mídias. A pedagogia
pós-eleitoral chega a ser sádica: depois de blindar a candidatura de Jair
Bolsonaro com matérias "neutras", à margem do discurso fascista que
ia emergindo como energia inédita, os três jornais foram barrados de maneira
quase primitiva na primeira entrevista coletiva do presidente eleito.
À porta do
local onde a entrevista iria se realizar, a coordenação da equipe de
comunicação de Jair Bolsonaro chamou uma dúzia de veículos que ali estavam, menos
os jornais O Globo, Folha de S Paulo e O Estado de S. Paulo. O constrangimento
entre os profissionais foi tanto que na coletiva um deles pergunta o porquê da
exclusão sem justificativa.
Diante da
questão, Bolsonaro anunciou o que será o seu relacionamento com esse veículos.
Ele disse "não saber" sobre os critérios, que não foi ele "quem
fez a triagem".
Não é trivial
para esses veículos saberem que o presidente eleito lhes dedica profundo e
inédito desprezo. A relação entre governo e imprensa nunca foi fácil, mas
sempre foi respeitosa e republicana.
A aposta
reincidente em apostar no "tudo, menos o PT" se mostrou uma
catástrofe também para a imprensa tradicional. Mas, parece que eles ainda terão
um imenso caminho pela frente até entenderem isso.
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