Em editorial publicado na tarde desta terça-feira 15, dia em que
o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que flexibiliza a posse de armas, o
jornal da família Marinho vai contra a decisão; "Difícil desmentir a
relação entre mais armas e mais mortes", defende o texto, que define o
decreto do governo como "temerário" e uma "aposta enganosa"
15 DE JANEIRO
DE 2019
Em editorial
publicado na tarde desta terça-feira 15, dia em que o presidente Jair Bolsonaro
assinou decreto que flexibiliza a posse de armas, o jornal da família Marinho
manifesta-se contra a decisão. "Difícil desmentir a relação entre mais
armas e mais mortes", defende o texto, que contesta ainda o argumento de
Bolsonaro de que a população escolheu de tal forma, com base no plebiscito
feito em 2005, conforme previsto pelo Estatuto do Desarmamento, em que a
maioria decidiu pela manutenção do comércio de armas e munições. "Não é
possível compartilhar com o presidente a certeza de que hoje o resultado da
consulta seria o mesmo", diz o Globo.
"Há
debates apaixonados sobre o maior ou menor acesso a armas. Porém, existem fatos
indiscutíveis. Dois deles: o precário sistema de vigilância de armamentos e a
ausência de mecanismos de monitoramento previstos no Estatuto, jamais
implementados como deveriam. Nada garante que a facilitação da posse terá algum
controle eficaz", aponta outro trecho do editorial.
"Outro
aspecto do problema, além dos enormes riscos de se ter armas em casa —
compreensível em regiões isoladas no interior — , é a constatação de que boa
parte das armas em circulação na bandidagem tem origem legal. Segundo a CPI do
Tráfico de Armas, 86% delas foram adquiridas conforme a lei, e, depois,
desviadas", destaca ainda.
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