Agência Brasil/Ricardo Stuckert
O PT soltou uma nota de repúdio reclamando o direito de Lula
enterrar o irmão Vavá (Genival Inácio da Silva); a nota diz: "usurpar o
direito de um cidadão de velar e enterrar um ente querido pode ser considerada
uma das atitudes mais cruéis. Mas no Brasil de Sérgio Moro e da Lava Jato, tudo
vale quando se pretende perseguir uma pessoa. Nesse caso, o Lula".
Perseguição explícita reforça a campanha, lançada por Adolfo Perez Esquivel,
para que Lula receba o Prêmio Nobel da Paz em 2019
30 DE JANEIRO DE
2019
O PT soltou uma
nota de repúdio ao gesto cínico da justiça brasileira que negou o direito de
Lula enterrar o irmão Vavá (Genival Inácio da Silva). A nota diz: "usurpar
o direito de um cidadão de velar e enterrar um ente querido pode ser
considerada uma das atitudes mais cruéis. Mas no Brasil de Sérgio Moro e da
Lava Jato, tudo vale quando se pretende perseguir uma pessoa. Nesse caso, o
Lula". O texto ainda relembra a sequência de violações de direitos que se
acumula na perseguição irracional a Lula: "proibiram visita médica,
visitas de amigos, advogados, assessoria espiritual, proibiram até entrevistas,
mas dessa vez, a (in) Justiça brasileira chegou a seu limite."
A nota continua:
"depois de várias horas de empurra-empurra – com um quase claro objetivo
de fazer perder o objeto do pedido da defesa (enterrar o irmão) – a Polícia
Federal negou a Lula o direito de velar seu irmão mais velho, morto por um
câncer.
O absurdo chegou
nas redes sociais, que levaram a hashtag #LiberemLula aos assuntos mais
discutidos no Twitter. Também indignou juristas, lideranças e brasileiras e
brasileiros que têm o mínimo de humanidade e respeito às leis e aos direitos
humanos. Vale lembrar que, nem mesmo durante a Ditadura – quando Lula foi preso
político – ele foi impedido de tal direito e velou sua mãe, Dona Lindu."
O site do
partido ainda explica o jogo de empurra que caracterizou a violação do direito
de Lula:
"Entenda o
jogo de empurra protagonizado por várias instâncias da Justiça brasileira.
Entenda o
empurra-empurra da (in)justiça
No fim da tarde
desta terça-feira (29), a defesa de Lula entrou com um pedido liminar de habeas
corpus para que o ex-presidente pudesse ir ao velório de Vavá, seu irmão mais
velho que faleceu em decorrência de um câncer nos vasos sanguíneos.
Os advogados
pedem o mesmo direito reservado a Lula na morte de sua mãe, em 1980, quando
estava preso no regime militar: o adeus a um parente. Contudo, a justiça
brasileira mostra que não respeita nem mesmo o luto por um parente morto e joga
a decisão sobre a saída de Lula de um lado para o outro.
No documento
elaborado pela defesa consta que "deve ser assegurado ao Paciente o
direito de comparecer ao velório e ao sepultamento de seu irmão, como previsto
de forma cristalina no artigo 120, inciso I, da Lei nº 7.210/84 (Lei de
Execução Penal)."
A juíza de
execução penal Carolina Lebbos, por sua vez, pediu um parecer do Ministério
Público Federal, e como resposta, o Procurador da República do Ministério
Público Federal (MPF), Januário Paludo, enviou um breve texto no qual solicita
relatório técnico antes de validar a soltura de Lula, o que, por si só, já
atrasaria a ida de Lula ao velório.
Apenas às 20h47,
Lebbos deu um novo despacho afirmando que necessitaria aguardar o parecer do
Ministério Público Federal e uma autorização da Superintendência da Polícia
Federal para tomar a sua decisão. A Polícia Federal acabou por negar,
absurdamente, a ida do ex-presidente alegando "dificuldade de
transporte". Sabe-se, nos bastidores, que Sérgio Moro, o ministro de
Bolsonaro – aquele que se encontrou com sua equipe durante a campanha e fez
lobby para o atual governo – tem forte influência na superintêndencia. Mas a
desculpa da PF não se concretiza já que, segundo a Folha de S. Paulo, o PT
teria oferecido transporte."
Perseguição
explícita reforça a campanha, lançada por Adolfo Perez Esquivel, para que Lula
receba o Prêmio Nobel da Paz em 2019.
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