Preso político há mais de um ano, numa decisão tomada pelo
ex-juiz Sérgio Moro para que ele não disputasse a eleição presidencial, que
venceria no primeiro turno, o ex-presidente Lula fez a pergunta que não quer
calar: "cadê o Queiroz?"; era uma referência ao miliciano Fabricio
Queiroz, que é também apontado como laranja do clã presidencial
27 DE ABRIL DE
2019
Preso político
há mais de um ano, numa decisão tomada pelo ex-juiz Sérgio Moro para que ele
não disputasse a eleição presidencial, que venceria no primeiro turno, o
ex-presidente Lula fez a pergunta que não quer calar: "cadê o
Queiroz?"
"Eu estou
achando estranho essa tal dessa milícia do Bolsonaro. Cadê aquele cidadão dos
R$ 7 milhões [Fabrício Queiroz, ligado a Flávio Bolsonaro]? Cadê a imprensa que
não está atrás do Queiroz? Então, é o seguinte, o Brasil tem dois pesos e duas
medidas", afirmou. "Eu, ex-presidente da República, sem nenhuma
prova, foram na minha casa, recebi vários policiais. O seu Queiroz não atendeu
a nenhum pedido [para depor no Ministério Público] e a Polícia Federal não foi
buscar ele ainda", disse Lula.
Leia o trecho
da entrevista ao jornalista Florestan Fernandes Júnior, do El País, e Monica
Bergamo, da Folha de S. Paulo, em que Lula menciona o ex-assessor Fabricio
Queiroz, que é também apontado como laranja do clã presidencial:
"Contra
mim eu não fico com raiva pelo seguinte. Eu tenho desafiado os empresários a
dizer quem me deu cinco centavos. O Leo [Pinheiro] que estava preso aqui que
fez a denúncia contra mim, ele passou três anos dizendo uma coisa, depois mudou
o discurso. Meu advogado perguntou o porquê disso e ele disse ‘meu advogado me
orientou’. E o que ele falou: ‘Lula sabia’. E agora o que está provado? Que a
OAS gastou seis milhões de reais pra pagar funcionários da OAS [conforme
reclamação em ação trabalhista de um ex-funcionário do grupo], pra uniformizar
as delações. Como é que eu posso levar a sério isso? Não posso. Haverá tempo
suficiente para que a gente faça uma investigação, ir aos EUA saber qual a
intromissão do Departamento de Justiça dos EUA nessa investigação. Qual o
interesse dos americanos na Petrobras? Vocês sabem qual é. A coisa que mais
acontece no Brasil é denúncia. Sou favorável a que todas sejam apuradas. Todo
mundo sabe que quando eu era presidente era contra policial federal investigar
e denunciar antes de ter a prova. A coisa mais fácil do mundo é a imprensa
investigar. Quando o processo sair, se ficar provado que você não cometeu nada,
você já está condenado. Estou achando estranho essa tal dessa milícia do
Bolsonaro. Cadê aquele cidadão dos sete milhões? Aquele cara que é esperto para
fazer dinheiro? Como é o nome dele? [Fabricio] Queiroz. Cadê a imprensa que não
vai atrás dele?"
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