Reprodução | ABr
A desembargadora Marília Castro Neves, que espalhou fake news
contra Marielle Franco dias após sua morte e também responde no CNJ por ter
defendido a morte de Guilherme Boulos tomou decisões que impediram a Prefeitura
do Rio de demolir quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios
desabaram nesta sexta-feira 12, matando sete pessoas; os prédios são dominados
por milícias; "Olha ela de novo!", lembrou Boulos no Twitter
13 DE ABRIL DE
2019
A
desembargadora Marília Castro Neves, alvo de denúncias no Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suas postagens
ofensivas e criminosas nas redes sociais, tomou decisões que impediram a
demolição de quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram
nesta sexta-feira 12 na comunidade Muzema, Zona Oeste do Rio, matando sete
pessoas. Os prédios eram dominados por milícias.
A juíza
compartilhou mentiras sobre Marielle Franco dias após a morte da vereadora por
milicianos, responde no CNJ por ter incitado a morte do líder do MTST,
Guilherme Boulos, e também já defender um "paredão de fuzilamento"
para o ex-deputado Jean Wyllys, caso pela qual é alvo no STJ. Neste ano, ela
fez piada com a presença de Boulos no velório do neto do ex-presidente Lula, Arthur.
Uma das
decisões sobre os prédios foi tomada dois dias antes do desabamento. Os
desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiram por
unanimidade na quarta-feira 10 manter a liminar que impedia a prefeitura do Rio
de demolir um desses imóveis. No caso dos dois prédios que caíram, os imóveis
estavam apenas embargados. Os prédios são dominados por milícias.
Em um dos
processos de demolição, a prefeitura briga na Justiça desde 2 de dezembro de
2018, quando 16 moradores recorreram ao plantão do Judiciário para suspender o
processo, segundo reportagem do Globo.
A
desembargadora Marília Castro Neves relatou o recurso e argumentou, para negar
a demolição, que a própria prefeitura concedeu um alvará para que uma loja de
material de construção de médio porte funcionasse no térreo do imóvel. Ela
disse ainda que o ato de demolição, por ser irreversível, causaria danos
irreparáveis para os proprietários dos apartamentos.
Os dois
prédios que desabaram chegaram a ser interditados duas vezes a pedido da
prefeitura, uma em novembro de 2018, pela Secretaria Municipal de Urbanismo, e
em fevereiro deste ano, pela Defesa Civil Municipal. O condomínio Figueiras já
foi notificado várias vezes nos últimos 14 anos.
No Twitter,
Boulos lembrou que se tratava da mesma desembargadora que defendeu sua morte,
mas fez referência aos dois prédios que desabaram, informação que foi corrigida
pelo Globo posteriormente, alertando que as liminares eram referentes a outros
imóveis do mesmo condomínio. Todos, porém, são dominados por milicianos.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor