REUTERS/Daniel Derevecki
A proposta defendida pelo ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sérgio Moro, de reduzir o imposto sobre cigarros para combater o
contrabando vai na direção contrária do que defendem especialistas e a própria
Organização Mundial da Saúde; a OMS afirma que os impostos sobre o tabaco são a
forma mais efetiva de reduzir seu consumo, especialmente entre jovens e pessoas
de baixa renda; ao elevar o preço do cigarro em 10%, diminui-se o consumo em
cerca de 4% nos países desenvolvidos e cerca de 5% nos países em
desenvolvimento, como o Brasil
1 DE ABRIL DE
2019
A proposta
defendida pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de reduzir
o imposto sobre cigarros para combater o contrabando vai na direção contrária
do que defendem especialistas e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS).
Moro defendeu
sua proposta, argumentando que é muito difícil combater o contrabando. "As
fronteiras são muito porosas, muitas vezes as pessoas envolvidas no contrabando
de cigarro não se sentem envolvidas em uma atividade ilegal", afirmou o
ministro, justificando a necessidade da criação do Grupo de Trabalho que vai
elaborar um parecer sobre o assunto em 90 dias.
A OMS afirma
que os impostos sobre o tabaco são a forma mais efetiva de reduzir seu consumo,
especialmente entre jovens e pessoas de baixa renda. Ao elevar o preço do
cigarro em 10%, diminui-se o consumo em cerca de 4% nos países desenvolvidos e
cerca de 5% nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
Para Valeska
Figueiredo, do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fiocruz, ouvida em
reportagem da revista Exame, de nada adianta migrar as pessoas do mercado
ilegal de cigarros para o legal. "Isso em nada ajuda na saúde, porque eles
fazem mal da mesma forma. É importante manter o preço alto para inibir o
consumo", afirma a pesquisadora, reiterando que é a combustão do tabaco
que causa o maior dano, pois produz substâncias que causam câncer.
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