Fernando Bittar, dono do sítio que era frequentado pelo
ex-presidente Lula em Atibaia (SP), pediu à Justiça Federal para vender o
imóvel; o pedido reforça os argumentos da defesa do ex-presidente e desmontam a
tese dos procuradores da Lava Jato que acusavam Lula de ser o dono da
propriedade
22 DE ABRIL DE
2019
O dono do
sítio de Atibaia, Fernando Bittar, apresentou pedido nesta segunda-feira (22),
ao juiz Luiz Bonnat, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, para vender a
propriedade. O ex-presidente Lula foi condenado em fevereiro pela Justiça
Federal a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no processo da
Lava Jato que dizia que ele era o dono do sítio.
O pedido
reforça os argumentos apresentados pela defesa do ex-presidente de que Lula não
é dono do sítio, como argumentou os procuradores da Lava Jato. O então juiz
Sérgio Moro chegou a dizer se Lula é ou não proprietário "não
importa".
A condenação
de Lula foi feita pela juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro, numa sentença
que foi desmoralizada por ser um literal copia e cola das acusações do caso
"triplex do Guarujá", com trechos inteiros da sentença de Moro,
incluindo as inconsistências.
Lula nunca negou
frequentar o sítio dos amigos, que o convidaram para fazer isso, no que tinham
pleno direito como donos do sítio, de convidar quem eles quisessem.
A acusação era
de que Lula foi beneficiado por supostas obras feitas pela Odebrecht no imóvel,
configurando lavagem de dinheiro. No entanto, se o imóvel é de Fernando Bittar,
o ex-presidente não é beneficiário das reformas, mesmo que tenha frequentado o
local.
Os advogados
de Bittar informam que "não mais frequenta o sítio, tendo interesse em sua
venda imediata". E pede que "seja determinada a avaliação
judicial" do sítio e sua posterior venda.
"A
realização da venda nesses termos (com o depósito em Juízo do valor) cumpre,
com muito mais efetividade, o propósito de confiscar os supostos produtos dos
delitos, correspondentes aos valores gastos nas reformas", afirma o
advogado Alberto Toron.
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