POR FERNANDO
BRITO · 02/06/2019
Os inscritos
para o Enem 2014 foram 8,7 milhões.
Em 2019, cujas
inscrições terminaram ontem, 5,1 milhões.
Sim, é isto
mesmo: em cinco anos, o número de jovens que buscaram o acesso ao ensino
superior caiu quase a metade: redução de 41%.
É a crise,
claro, colocando a busca – em geral, infrutífera – por uma vaga no mercado de
trabalho à frente da busca por uma vaga na Universidade.
Mas é também o
endureciento das regras do Fies, baixou de 700 mil para menos de 100 mil
contratos no ano passado, quando foi oferecido este número de financiamentos
sem juros para estudantes.
Número que se
repete este ano e, já anunciou o MEC, não crescerá nos próximos.
É quase certo,
também, que as brutais restrições orçamentárias ao ensino público superior
torna impossível aumentar as vagas universitárias e quase certo, ao anontrário,
que muitas instituições federais tenham de reduzí-las, em algum grau.
Some a isso a
evasão escolar no ensino médio por razões sócio-econômicas e não há como ter um
prognóstico otimista.
Os homens que
sabem tudo e ditam regras sobre a necessidade de aumentar a produtividade, de
qualificar, de “modernidade” são os mesmos que estão tirando nossos jovens da
escola.
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