POR FERNANDO
BRITO · 13/06/2019
A Época, na
manhã de hoje, publica a reportagem acima mas não com a manchete que deveria
ter.
O ministro
Gilmar Mendes disse, em on e com todas as letras:
“Eu acho, por
exemplo, que, na condenação do Lula, eles anularam a condenação”, disse, ao
comentar para a revista as consequências da revelação dos diálogos entre
Spergio Moro e Deltan Dallagnoll.
Que não é, pelo
que o próprio Mendes diz, apenas um “bobinho”:
“Um diz que,
para levar uma pessoa para depor, eles iriam simular uma denúncia anônima. Aí o
Moro diz: ‘Formaliza isso’. Isso é crime”, avaliou Mendes, referindo-se a um
trecho das mensagens em que Dallagnol escreveu que faria uma intimação oficial
com base em notícia apócrifa, diante da negativa de uma fonte do MPF de falar.
E Moro respondeu que seria “melhor formalizar”. “Simular uma denúncia não é só
uma falta ética, isso é crime.”
Há mais, na
matéria, inclusive mais um desfile de asneiras de Luiz Roberto Barroso, dizendo
que a Lava Jato deixou de ser uma investigação para se tornar, “no imaginário
social, a imensa demanda da sociedade brasileira por integridade, idealismo e
patriotismo”. Ou seja, pura política e algo absolutamente incompatível com a
ordem jurídica.
O importante,
porém, é que se registra, pela primeira vez, um integrande do Supremo dizendo o
difícil óbvio: a suspeição de Moro torna, obrigatoriamente, nulo o processo que
condenou Lula em Curitiba.
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