O jornalista Glenn Greenwald garantiu nesta segunda-feira, 10,
que há muito material a ser divulgado, que comprova a atuação parcial de Sérgio Moro nas ações da Lava Jato;
"Moro era um chefe da força-tarefa, que criou estratégias para botar Lula
e outras pessoas na prisão, se comportando quase como um procurador, não como
juiz", disse Greenwald ao UOL; segundo o jornalista, o volume de material
obtido por ele neste caso supera o do caso Edward Snowden
10 DE JUNHO DE
2019
O jornalista
Glenn Greenwald, do The Intercept, afirmou neta segunda-feira, 10, que há muito
mais material a ser divulgado sobre a atuação ilegal do juiz Sérgio Moro e de
integrantes da força tarefa da Operação Lava Jato.
"Moro era
um chefe da força-tarefa, que criou estratégias para botar Lula e outras
pessoas na prisão, se comportando quase como um procurador, não como
juiz", disse Greenwald ao UOL.
Greenwald diz
que o volume de material obtido por ele neste caso supera o da principal
reportagem de sua carreira, que comprovou, em parceria com o ex-agente da CIA e
da NSA Edward Snowden, no ano de 2013, o monitoramento indevido de informações
privadas em massa pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
O jornalista é
casado com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) e se vê às voltas com uma
nova onda de ataques homofóbicos e acusações nas redes sociais sobre um suposto
partidarismo na publicação das reportagens.
"Dizem que
eu e meu marido somos de esquerda, mas nem Moro, nem a Lava Jato, dizem que os
argumentos [das reportagens] são falsos", resume. Em relação ao fato de as
reportagens terem sido veiculadas sem que os citados fossem ouvidos
previamente, o jornalista defende a legitimidade das matérias, que na avaliação
dele poderiam ter sua publicação barradas na Justiça.
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