Sul 21
O ex-deputado do PSOL-RJ fez referência aos diálogos em que
Sérgio Moro tenta interferir nos trabalhos MPF-PR ao conversar com Deltan
Dallagnol; este último confessa ter dúvidas sobre a existência de provas para
condenar Lula; "Moro, Dallagnol e outros membros da Operação Lava Jato
agiram como mafiosos para tentar destruir o PT"
11 DE JUNHO DE
2019
O ex-deputado
federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) bateu pesado no ex-juiz federal Sérgio Moro,
atual ministro da Justiça, e o procurador da Operação Lava Jato Delta Dallagnol
pela troca de mensagens em que Moro tenta interferir nos trabalhos Ministério
Público Federal (MPF-PR) e Dallagnol confessa ter dúvidas sobre a existência de
provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex
em Guarujá (SP).
"Moro,
Dallagnol e outros membros da Operação Lava Jato agiram como mafiosos para tentar
destruir o Partido dos Trabalhadores e, de lambuja, encher os bolsos de
dinheiro com palestras dirigidas à metade idiota e antipetista da classe média
e a plutocratas hipócritas do eixo Rio-Curitiba-São Paulo (sem contar o fundo
privado que eles queriam criar com o dinheiro da Petrobras e que seria, por
eles, administrado). Uma operação cosa nostra!", escreveu o parlamentar em
texto publicado no site Uol.
"As
relevações do The Intercept estão sendo tratadas tanto como 'crime', com
críticas às supostas ações de hackers, mas passam pano na conduta ilegal,
imoral e antiética dos protagonistas da Lava Jato (essa é a narrativa da Globo,
Estadão, Jovem Pan e, claro, dos próprios Sergio Moro e Deltan Dallagnol)
quanto estão sendo tratadas como de 'interesse público', em que as ações dos
hackers se tornam algo irrelevante diante do fato escandaloso de um juiz, um
procurador e outros servidores públicos estarem agindo como uma máfia para
derrubar uma presidenta democraticamente eleita, prender um ex-presidente sem
provas e intervir nos resultados de uma eleição que se avizinhava",
complementou.
O pessolista
criticou a cobertura da imprensa tradicional sobre o caso. "A demora de
parte da mídia comercial em repercutir The Intercept Brasil era compreensível.
A farsa de Moro, Dallagnol e demais membros da Lava Jato não teria ido tão
longe –ao ponto de eleger como presidente da República um fascista que leva o
país à bancarrota– se a maior parte da imprensa comercial não fosse tão
antipetista nem tão partidária", disse.
De acordoreportagem do site The Intercept Brasil, Dallagnol duvidava da existência de
provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina
de R$ 3,7 milhões em troca de contratos entre a empresa e a Petrobrás.
Segundo a publicação,
"no dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira,
Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ,
formado pelos procuradores que trabalhavam no caso".
"Ele
digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios
frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até
agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que
me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter
as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site.
Outra matéria doIntercept apontou que Moro foi além do seu papel de juiz. "Moro sugeriu
trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e
pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de
dois anos", afirma o texto.
Uma publicaçãorevelou, ainda, que procuradores fizeram o possível para impedir entrevista de
Lula antes do segundo turno, quando o Supremo Tribunal Federal acatou o pedido
de entrevista da Folha de S.Paulo
A procuradora
Laura Tessler logo exclamou: "Que piada!!! Revoltante!!! Lá vai o cara
fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. E depois de Mônica Bergamo, pela
isonomia, devem vir tantos outros jornalistas… e a gente aqui fica só fazendo
papel de palhaço com um Supremo desse… ". "Ando muito preocupada com
uma possivel volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa
população para que um milagre nos salve", disse.
Uma outra
procuradora, Isabel Groba, respondeu com apenas uma palavra e várias
exclamações: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.
Após uma hora,
Tessler deixou explícito o que deixava os procuradores tão preocupados:
"sei lá…mas uma coletiva antes do segundo turno pode eleger o
Haddad".
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