Para o jornalista Pepe Escobar, especialista em geopolítica, o
ex-juiz da Lava Jato, que foi desmascarado com os vazamentos do Intercept,
perdeu sua função para os americanos e está sendo descartado; "Ele já
cumpriu o papel, o papel dele é o que ele fez até colocar o Lula na
cadeia", afirmou; "O Moro queria ser presidente, não vai rolar. Não
vai rolar porque ele era uma pecinha em um esquema muito maior", diz
ainda; assista
15 DE JUNHO DE
2019
O jornalista
especialista em geopolítica Pepe Escobar falou à TV 247 sobre a interferência
dos Estados Unidos na política brasileira no contexto do escândalo do vazamento
das conversas entre o ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro e o procurador
Deltan Dallagnol, da Lava Jato, divulgado pelo The Intercept. Para Pepe, Moro
perdeu a utilidade para os Estados Unidos.
O jornalista
explicou que Moro era um ativo americano, ou seja, uma espécie de ferramenta
para os planos estadunidenses no Brasil. Porém, na avaliação de Pepe Escobar, o
ministro perdeu sua utilidade e é, agora, dispensável. "O fato de que o
governo Bolsonaro agora já está sendo visto, a nível global, como falido, em
crise, incapaz de governar, incapaz de passar o que eles tinham prometido,
liderado por um alguém que tem um QI sub zoológico e impopular, e inclusive
criticado dentro de setores do próprio Deep State americano, o Moro era um
ativo desses caras. Os Estados Unidos tentam o tempo todo remexer as regras do
tabuleiro. Moro já cumpriu o papel, o papel dele é o que ele fez até colocar o
Lula na cadeia, depois disso pode jogar fora, não tem mais importância",
avaliou.
Pepe Escobar
ainda liga os vazamentos de conversas entre Moro e procuradores da Lava Jato ao
Deep State norte-americano. "Se alguém fosse fazer o PowerPoint, que
aquele pobre coitado também com o QI zoológico fez com o Lula no meio, o
PowerPoint iria colocar o Moro no meio de toda essa articulação. O que nos leva
a motivação de quem vazou a Vaza Jato? A quem interessa isso? Fundamentalmente
ao Deep State americano para reorganizar o tabuleiro de uma maneira em que eles
possam ir mais fundo nos objetivos fundamentais deles que são: separar o Brasil
de Rússia e China custe o que custar. Eles não têm o menor interesse em
política interna brasileira, o que interessa são os objetivos estratégicos a
longo prazo".
Ele também
avalia que Moro pode ter seu futuro balizado pelo "paraquedas
dourado", e explica: "Ele pode ter com certeza, e isso na hora que
acontecer vocês todos vão ver, o famoso paraquedas dourado. Ele pode dar
palestra em universidades americanas, publica um livro nos Estados Unidos e
ganha um monte de dinheiro de direitos autorais, então esse paraquedas já está
acertado. Não era exatamente o que o Moro queria, o Moro queria ser presidente,
não vai rolar, não vai rolar porque ele era uma pecinha em um esquema muito
maior".
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