(Foto: Aroeira)
"A gula pecuniária de Deltan Dallagnol, já é uma certeza,
derrubou o procurador e é só uma questão de tempo e de grau o seu afastamento
de suas funções. A gula política de Sérgio Moro, mais cedo ou mais tarde,
também o levará à ruína", aponta o editor do Tijolaço
28 de julho de
2019
Por Fernando
Brito, editor do Tijolaço – A gula pecuniária de Deltan Dallagnol, já é uma
certeza, derrubou o procurador e é só uma questão de tempo e de grau o seu
afastamento de suas funções.
A gula política
de Sérgio Moro, mais cedo ou mais tarde, também o levará à ruína e, já agora, o
transformou num personagem em desagregação.
Sua maneira
arbitrária e abusiva em conduzir-se na função pública, para os que não o
percebiam ou fingiam não ver, por conveniência, aflorou de tal maneira neste caso
Vaza Jato/hackers que o reduziu – assim mesmo a contragosto de alguns – apenas
ao campo do bolsonarismo mais incondicional.
O pavão de toga
agora tem pouco mais que os “pavões misteriosos” da internet.
Do futuro
brilhante de potencial candidato a presidente ou a cátedra “garantida” no
Supremo Tribunal Federal restam apenas saudades, talvez apenas nele próprio e
nos grupos que ele reuniu em seu projeto de poder, no Ministério Público, na
Justiça e na Polícia Federal.
Cevado pela
mídia para construir a derrocada da esquerda, perdeu a unanimidade e só é herói
nacional para os grupelhos minguantes dos camisas amarelas.
Era previsível,
sendo ele a bananeira que já deu cacho – e que cacho, a prisão de Lula e a
absurda eleição de Bolsonaro! – e não tem perspectivas adiante, senão a de
murchar.
Moro já não é
mais algo que agregue na política: um projeto de poder.
Ao contrário,
virou um apêndice do bolsonarismo que pretendeu suceder.
Pior: perdeu a
blindagem perdeu a capa de herói que tinha na opinião pública e na imprensa e
tudo o que faz, agora, se evidencia como desespero de quem luta pela
sobrevivência.
“Moro está
encurralado. E homens encurralados e afoitos sempre fazem besteira. Ele está
fazendo uma atrás da outra”, diz dele hoje no Painel da Folha o deputado
Marcelo Ramos, do Centrão.
Moro as fez e
perdeu o campo de força da quase unanimidade que o protegia.
Está sem suas
vestes de herói, sem o manto que o protegia.
Não tem mais
como resistir a dois ou três fatos que venham à tona, preparando o que,
inevitavelmente, será o golpe de misericórdia.
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