(Foto: Pedro França/Agência Senado))
"Ao buscar informações sobre uma investigação sigilosa e
usá-las para difundir conclusões prematuras e confundir o público, o ministro
da Justiça desrespeita essa autonomia, prejudica o trabalho policial e
compromete aquele que deveria ser seu único objetivo —o esclarecimento dos
fatos", aponta o texto
27 de julho de
2019
Editorial da
Folha de S. Paulo deste sábado mostra perplexidade com os movimentos recentes
do ministro Sergio Moro, que obteve acesso privilegiado a informação sigilosa
da Polícia Federal e ainda falou em destruir provas. "Causam espanto os
movimentos do ministro da Justiça, Sergio Moro, em meio às investigações dos
ataques de hackers ao seu telefone celular e aos de outras autoridades",
diz o texto.
"As ações
de Moro podem parecer compreensíveis para muitos, considerando os danos
causados pela divulgação das mensagens à sua reputação e os indícios de que o
ataque teve de fato grande alcance. Entretanto elas representam intromissão
injustificável no andamento das investigações", aponta ainda o editorial.
"Embora
seja subordinada ao Ministério da Justiça, a PF tem autonomia para conduzir
seus inquéritos, segue protocolos rigorosos e está sujeita a mecanismos de
controle externo previstos em lei. Ao buscar informações sobre uma investigação
sigilosa e usá-las para difundir conclusões prematuras e confundir o público, o
ministro da Justiça desrespeita essa autonomia, prejudica o trabalho policial e
compromete aquele que deveria ser seu único objetivo —o esclarecimento dos
fatos.
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