Deu no Guardian,
do Reino Unido:
06/07/2019
O ministro da
Justiça do Brasil, Sérgio Moro, enfrenta uma renovada pressão por sua renúncia
depois que a principal revista conservadora do país se envolveu na divulgação
de um escândalo sobre seu papel em uma enorme investigação anticorrupção que
ajudou a redesenhar o panorama político da América do Sul.
O presidente de
extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, e seus partidários tentaram retratar
a enorme quantidade de revelações sobre a conduta de Moro na Operação Lava Jato
como parte de um ataque da esquerda, liderado pelo site investigativo Intercept
e seu co-fundador Glenn Greenwald.
No início de
junho, o Intercept começou a publicar uma série de denúncias baseadas no que
chamou de “um grande tesouro” de conversas vazadas entre agentes brasileiros da
lei.
Mas os esforços
para desqualificar as revelações foram prejudicados nesta sexta-feira, quando a
revista conservadora mais influente do Brasil, Veja, publicou uma reportagem de
capa apresentando novas e perigosas revelações sobre o ministro mais famoso de
Bolsonaro.
Veja - por muito
tempo uma líder de torcida da cruzada anticorrupção de Moro - disse que seus
jornalistas passaram duas semanas examinando cerca de 650 mil mensagens vazadas
entre autoridades envolvidas na investigação e concluíram que o ex-juiz era
culpado por graves "irregularidades".
Eles incluíam
alegações de que - apesar de ser um juiz supostamente imparcial na Operação
Lava Jato - Moro havia "ilegalmente" dirigido os procuradores
enquanto eles trabalhavam para condenar políticos brasileiros.
(...)
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