(Foto: Esq.: Adriano Machado - Reuters)
Bastou a coisa apertar para o lado da Lava Jato que o Ministério
Público Federal coloca Antonio Palocci no pau-de-arara e vaza alguma delação
bombástica para O Globo
Leandro Fortes é
Jornalista
19 de julho de
2019, 19:02 h
Bastou a coisa
apertar para o lado da Lava Jato que o Ministério Público Federal coloca Antonio
Palocci no pau-de-arara e vaza alguma delação bombástica para O Globo.
É tão previsível
quanto trágico.
Palocci foi
transformado em um delator profissional que, a cada ciclo de desgaste da Lava
Jato, é obrigado a se prestar ao papel de dedo-duro, sempre dentro do mesmo
modus operandi: acusações contra o PT, Lula e Dilma e ZERO de provas.
Até os sites de
extrema direita cansaram dele. Antes, a cada anúncio das delações de Palocci,
anunciava-se, também, o fim do mundo para a esquerda. Extinção total. Fim da
linha.
Palocci, homem
forte da economia nos governos do PT, era uma bomba ambulante, aquele que
traria das entranhas do petismo todas as revelações, todos os pecados.
Mas não era,
nunca foi uma bomba. Sempre foi um traque.
Em troca de uma
liberdade vigiada, humilhante, negociada a partir de uma traição vil, Antonio
Palocci virou uma sombra desprezível, uma caricatura triste, cansada, um resto
de homem que, no fundo, anseia em desaparecer.
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