O novo capítulo da Vaza Jato revela que o ex-juiz Sergio Moro
mandou o procurador Deltan Dallagnol vazar dados sobre pagamentos da Odebrecht
na Venezuela para desestabilizar o regime de Nicolás Maduro. Na força-tarefa,
outros procuradores eram contra e expressavam o receio de que essa atitude
estimulasse uma guerra civil no país vizinho
7 de julho de
2019
"Integrantes
da força-tarefa da Operação Lava Jato se mobilizaram para expor informações
sigilosas sobre corrupção na Venezuela após receber uma sugestão do então juiz
federal Sergio Moro em agosto de 2017, segundo mensagens privadas trocadas
pelos procuradores na época", aponta reportagem da Folha de S. Paulo, em
nova parceria com o Intercept, de Glenn Greenwald.
"Talvez
seja o caso de tornar pública a delação dá Odebrecht sobre propinas na
Venezuela", disse Moro a Deltan, em mensagem postada no Telegram.
"Isso está aqui ou na PGR?"
"Haverá
críticas e um preço, mas vale pagar para expor e contribuir com os
venezuelanos", respondeu Deltan. "Naõ dá para tornar público
simplesmente porque violaria acordo, mas dá pra enviar informação espontãnea [à
Venezuela] e isso torna provável que em algum lugar no caminho alguém possa
tornar público", disse. "Paralelamente, vamos avaliar se cabe
acusação."
Enquanto Moro e
Dallagnol tramavam uma ação contra a Venezuela, membros da força-tarefa
expressaram preocupação com os riscos. "Vejam que uma guerra civil lá é
possível e qq ação nossa pode levar a mais convulsão social e mais
mortes", escreveu Paulo Galvão. "Imagina se ajuizamos e o maluco
manda prender todos os brasieliros no territorio venezuelano", disse
Athayde Ribeiro Costa.
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