Segundo diálogo da Vaza Jato divulgado nesta segunda-feira 15
por Reinaldo Azevedo revela que Sergio Moro, quando juiz, marcou reunião com a
Polícia Federal e com o Ministério Público Federal - parte investigatória e
acusatória dos processos da Lava Jato - para combinar as novas fases da
operação, datas, esquema operacional e financiamento das etapas
15 de julho de
2019
O segundo
diálogo da Vaza Jato divulgado por Reinaldo Azevedo na noite desta
segunda-feira 15 revela que o ex-juiz Sergio Moro, que deveria, de forma
imparcial, julgar os processos da Lava Jato, sem combinações e acordos com
nenhuma das partes, marcou reunião com integrantes da Polícia Federal e do
Ministério Público Federal - ou seja, da parte investigatória e acusatória -
para combinar novas fases da Operação.
Em 3 de
setembro de 2015, o chefe da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan
Dallagnol, enviou a Moro a seguinte mensagem de texto no aplicativo Telegram:
"caro, quando seria um bom dia e hora para a reunião com a PF? Sobre
aquela questão das prioridades. Sua presença daria uma força moral na questão
da prioridade e evitaria dizer que o MPF queira impor agenda".
Moro
respondeu, sem mencionar que uma reunião do tipo iria contra a isenção de seu
trabalho: "Sem tempo para reuniões nessa e na próxima semana".
Em 16 de
setembro Deltan insiste: "caro juiz, seria possível reunião no final de
segunda para tratarmos de novas fases, inclusive capacidade operacional e data,
considerando recesso? Incluiria a PF também."
Moro:
"Penso que seria oportuno. Mas segunda seria um dia difícil. Terça seria
ideal. A não ser que fosse segunda pela manhã".
Deltan então
confirma: "terça 9 am, pode ser? Ou 10am".
Moro:
"10:30 am".
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