Deltan Dallagnol confessou que já sabia que Onyx Lorenzoni,
ministro da Casa Civil de Bolsonaro, estava envolvido em corrupção. Mesmo
assim, fez vista grossa e manteve o trabalho conjunto com o então deputado
gaúcho, principalmente no documento “10 Medidas Contra a Corrupção”.Ele chegou
a escrever num tweet que "tinha que fingir que não sabia" do
envolvimento de Lorenzoni com corrupção. As novas revelações fazem parte da
Vaza Jato e foram divulgadas no começoa da tarde desta segunda pelo Intercept
12 de agosto de
2019
Novos trechos de
mensagens da Vaza Jato, divulgados pelo The Intercept no começo da tarde desta
segunda-feira, revelam que o procurador chefe da força-tarefa da Lava Jato,
Deltan Dallagnol, já sabia que o então deputado Onyx Lorenzoni, atual chefe da
Casa Civil de Bolsonaro, estava envolvido em esquemas de corrupção, mas fechou
os olhos para levar a cabo a sua cruzada no suposto "combate à
corrupção".
Em conversa num
grupo de procuradores, Deltan é indagado por Fábio Oliveira: "Vc viu que
saiu o nome do Onyx na lista do Fachin hj?". Ele se refere à decisão do
ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que em 4 de dezembro,
atendeu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a
abertura de uma petição autônoma específica para analisar as acusações de caixa
dois feitas por delatores da JBS ao na época futuro ministro da Casa Civil.
"Vi... (já
sabia, mas tinha que fingir que não sabia, o que foi, na verdade,
bom...rsrsrs)", respondeu Dallagnol. "Não que não quisesse falar, mas
se falasse seira até crime rs", completou.
O procurador
admite que seguia trabalhando com Onyx, que era o lobista das 10 Medidas Contra
a Corrupção, projeto que criado pela Lava Jatos, mesmo após descobrir denúncias
de corrupção.
Onyx é foi
“perdoado” por Sergio Moro apenas porque admitiu que errou e pediu desculpas,
segundo o próprio ex-juiz e hoje ministro da Justiça.
"Eu já me
manifestei anteriormente. É uma questão de Onyx. O que vejo é um grande esforço
[do ministro Onyx] para a aprovação das 10 medidas do Ministério Público, razão
pela qual foi abandonado por grande parte de seus pares. Ele tem minha
confiança pessoal", disse Moro em dezembro de 2018.
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