07/08/2019
“O Lula era o
assunto. Eu não sou PT, não estou falando sobre política e sim sobre crime.
Todo crime precisa ter prova e não houve prova. Cadê o cadáver? Então, qual foi
o objetivo?”.
A declaração
foi dada hoje à rádio Bandeirantes pela doleira Nelma Kodama, a primeira presa
da Operação Lava Jato.
Nelma foi
detida no aeroporto de Congonhas com 200 mil euros na calcinha em 15 de março
de 2014, quando pretendia embarcar para a Itália.
Ela foi
condenada a 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de
divisas.
Nelma cumpriu
três anos de prisão e teve a pena extinta por indulto presidencial de Michel
Temer, em 2017.
Na entrevista,
ela relatou os bastidores das delações na Lava Jato:
“Quando você
está preso, você faz qualquer coisa. Chega a um ponto que você fala até da sua
mãe porque a pressão é muito grande, e o sofrimento é muito grande. Nessa
altura do campeonato, você acaba falando, às vezes, até o que você não tem e o
que você não deve. Certamente [pessoas mentiram em depoimento], senão você não
sai”.
O
ex-presidente Lula foi condenado a partir da delação premiada do executivo Léo
Pinheiro, da OAS. O empresário disse ter concedido vantagens a Lula em troca de
um tríplex no Guarujá, apartamento que Lula nunca ocupou.
A Lava Jato
não conseguiu especificar qual vantagem Lula teria dado à OAS.
Viomundo
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