POR FERNANDO
BRITO · 03/08/2019
As declarações
de Gilmar Mendes a Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo, sugerem que o clima
vai ficar muito quente na sessão de reabertura dos trabalhos do Supremo
Tribunal Federal.
Mendes disse que
Deltan Dallagnol praticou “pistolagem” contra o Supremo, ao mandar a receita
devassar o sigilo fiscal de dois ministros – ele e Dias Toffoli – e de suas
mulheres.
“As revelações
da Folha explicitam os abusos perpetrados pela denominada força-tarefa. E
reclamam as providências cabíveis por parte de órgãos de supervisão e
correição. Como eu já havia apontado antes, não se trata apenas de um grupo de
investigação, mas de um projeto de poder que também pensava na obtenção de
vantagens pessoais”.
Daqui a duas
horas, Gilmar estará sentado a menos de três metros de distância da procuradora
geral da República, Raquel Dodge e é difícil imaginar “saia justa” mais
constrangedora.
Se Gilmar se
manifestar sobre o assunto, tornará quase que obrigatório que os demais
ministros se manifestem também e será interessante ver o que farão Luís Roberto
Barroso e Luís Fux, os dois falastrões lavajatistas da corte.
Os dois não tem
a vantagem de Edson Fachin e Carmem Lúcia que, por mais contidos ainda que não
menos cúmplices, podem sair ilesos pela economia e a contenção verbal.
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