(Foto: Marcelo Camargo - ABR)
Depois de Jair Bolsonaro deixar claro que é ele quem manda na
Polícia Federal, e não Sergio Moro, auxiliares cobraram do ex-juiz uma atitude,
mas ele não fará nada. Moro avalia que, mesmo tendo perdido todas as batalhas
dentro do governo, Bolsonaro terá que ter o ônus de demiti-lo
23 de agosto de
2019
"O ministro
da Justiça, Sergio Moro , deve aguentar calado derrotas e desautorizações
públicas a que vem sendo submetido pelo presidente Jair Bolsonaro . O chefe do
Executivo terá que assumir o desgaste de demitir o ministro mais popular da
Esplanada se quiser ver Moro fora do governo e, claro, explicar os motivos da
demissão. Quem diz isso são pessoas que convivem com o ministro", informa
o jornalista Jailton de Carvalho, em reportagempublicada no Globo.
Ontem, Bolsonaro
humilhou Moro publicamente, ao deixar claro que vai interferir na Polícia
Federal e em outros órgãos de combate à corrupção. O interesse de Bolsonaro é
blindar a si e ao clã presidencial em relação ao caso Queiroz. Saiba mais
abaixo:
Jair Bolsonaro
demonstrou mais uma vez que vai interferir na Polícia Federal e ameaçou demitir
o diretor-geral Maurício Valeixo, que foi indicado por Sérgio Moro, ameaçando
abrir uma nova crise que poderá resultar na saída do governo do ex-juiz e atual
ministro da Justiça. “Se eu trocar hoje, qual o problema? Se eu trocar hoje,
qual o problema? Está na lei. Eu que indico, e não o Sérgio Moro [ministro da
Justiça]. E ponto final. Qual o problema se eu trocar hoje ele? Me responda”,
disse Bolsonaro à imprensa nesta quinta-feira (22).
A declaração de
Bolsonaro vem em meio aos questionamentos acerca da troca do superintendente da
PF no Rio de Janeiro, anunciada por ele neste mês.A substituição foi vista como
uma tentativa de abafar o caso Queiroz, na qual o senador Flávio Boslonaro,
também está entre os investigados.
“Agora há uma
onda terrível sobre superintendência. Onze foram trocados e ninguém falou nada.
Sugiro o cara de um Estado para ir para lá, “está interferindo”. Espera aí. Se
eu não posso trocar o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral. Aí é...
Não se discute isso aí”, disse.
“Se eu for
trocar diretor-geral, ministro, o que for, a gente faz na hora certa. Não
pretendo trocar ninguém, por enquanto está tudo bem no governo. Agora, quando
há uma coisa errada, chamo, converso e tento botar na linha”, emendou
Ainda segundo
Bolsonaro, a decisão de manter ou não o subordinado compete a ele.” É decisão
minha, a hora que eu achar correto. Se é para não ter interferência, o diretor
anterior, que é o que estava lá com o Temer, tinha que ser mantido. Ou a PF
agora é algo independente? A PF orgulha a todos nós, e a renovação é salutar, é
saudável”, comentou.
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