Protesto em SP contra as queimadas na Amazônia. Foto: DCM
25 de agosto de
2019
O coordenador do
Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão
do Ministério Público Federal (Meio Ambiente), procurador da República Luís
Eduardo Marrocos de Araújo, enviou na última sexta-feira (23), ao Ministro do
Meio Ambiente, ao Ministério da Ciência e Tecnologia e à nova direção do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ofícios nos quais questiona
se as pastas ou o Inpe têm de fato informações que possam colocar em dúvida a
fidedignidade dos dados apresentados pelos sistemas de monitoramento do
desmatamento no Brasil apresentados pelo instituto.
A ação
ministerial federal é resposta aos ataques recentes que o Planalto desferiu
contra o Inpe, as imagens de satélite e o fato público de que o desmatamento de
áreas florestais disparou no país no governo Bolsonaro. Vale dizer: os ofícios
do MPF são uma resposta formal à mitomania bolsonarista, que responde com
mentiras aos fatos de que desgosta.
Questionamentos
do governo federal sobre os métodos e dados do Inpe sobre o aumento do
desmatamento desde o início do atual governo levaram à demissão do presidente
do instituto, cientista Ricardo Galvão, no último dia 2 de agosto. Mais do que
isso, levaram o Brasil a ser questionado e pressionado internacionalmente por
sua, no mínimo, omissão diante do aumento da degradação da Amazônia.
Marrocos fez os
questionamentos sobre o Inpe com o objetivo de instruir procedimento na
Procuradoria Federal sobre mudanças climáticas, instaurado pela 4ª Câmara de
Coordenação do MPF (Meio Ambiente). Abaixo, pode se ver trecho do documento
ministerial que conclama Bolsonaro e seu governo a provarem o que por aí vêm
dizendo frivolamente.
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