A nova denúncia da Vaza Jato revela que o ex-juiz Sergio Moro
omitiu da sociedade uma palestra remunerada para um grupo empresarial em 2016.
Procurado, o atual ministro da Justiça disse que isso pode ter ocorrido por
"puro lapso". No evento, ele foi questionado sobre a prisão do
ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do
ano passado
4 de agosto de
2019
O novo alvo da
Vaza Jato é o ex-juiz Sergio Moro, que omitiu das autoridades uma palestra
remunerada em 2016, segundo revela reportagem da Folha de S. Paulo, em parceria
com o Intercept. "O ministro da Justiça, Sergio Moro, omitiu uma palestra
remunerada que deu em setembro de 2016 ao prestar contas de suas atividades
quando era o juiz responsável pelas ações da Operação Lava Jato em
Curitiba. O Tribunal Regional Federal da
4ª Região, responsável pela revisão dos processos da primeira instância do
Paraná, informou à Folha que Moro declarou ter participado de 16 eventos
externos em 2016, incluindo 9 palestras, 3 homenagens e 2 audiências no
Congresso Nacional. Mas a relação de eventos não inclui uma palestra mencionada
numa mensagem que ele enviou ao procurador Deltan Dallagnol pelo aplicativo Telegram
em 2017, que faz parte do pacote obtido pelo site The Intercept Brasil",
aponta o texto de Paula Sperb, Ricardo Balthazar e Amanda Audi.
"No dia 22
de de maio de 2017, Moro disse a Deltan que um executivo do grupo de
comunicação Sinos queria seu contato para fazer um convite. 'Ano passado dei
uma palestra lá para eles, bem organizada e bem paga', escreveu o juiz. 'Passa
sim!', respondeu Deltan, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça em junho de 2016
tornou obrigatório para juízes de todas as instâncias o registro de informações
sobre palestras e outros eventos", lembra a reportagem.
Em resposta,
Moro afirmou que a omissão da palestra em suas prestações de contas pode ter
ocorrido por "puro lapso". "Houve tempo para perguntas da
plateia, e um dos espectadores quis saber quando o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) seria preso – o que aconteceu em abril de 2018, para que ele
fosse impedido de disputar as eleições presidenciais, que venceria em primeiro
turno.
1 comentários:
Esse senhor há muito tempo já deveria estar preso. Isso só ainda não aconteceu por conivência do Judiciário Brasileiro. Por que esse senhor insiste em continuar como ministro da Justiça e da Segurança Pública Pública do Brasil? Será que o Brasil merece uma farsa dessa?
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