FOTO: LULA MARQUES
Em nota, partido diz que quem deve explicações à Justiça é o
ministro, após condutas criminosas divulgadas pela Vaza Jato
09/08/2019
São Paulo – O
PT chama de mentirosa e forjada matéria publicada pelo jornal O Estado de S.
Paulo nesta sexta-feira (9) que relaciona o partido ao PCC . Em nota, o partido
afirma que trata-se de “mais uma armação como tantas outras”. A matéria traz
supostas interceptações, em operação da Polícia Federal (PF), de conversas
entre líderes da grupo. Um deles afirma que mantinha “linha de diálogo
cabulosa” com o partido.
A nota lembra
que a PF é subordinada ao ministro da Justiça, Sergio Moro, acuado pelas
revelações de suas “condutas crimonosas”, após série de reportagens da Vaza
Jato, feitas a partir de diálogos mantidos pelo então juiz e integrantes da
Operação Lava Jato, que revelaram bastidores de abusos e ilegalidades
cometidos.
“Quem dialogou
e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o
ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula
com delações mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e
ao país pelas graves acusações que pesam contra ele”, diz o texto divulgado
pelo PT.
Até as 13h de
hoje, a reportagem ainda era um dos temas mais comentados nas redes sociais. O
deputado federal Rogério Correia (MG) ridicularizou a publicação. “Muito mal
feita mais esta armação do Ministro Moro contra o PT , tentando vincular ao
PCC. Coisa de gente de mal caráter que certamente propôs ao bandido algum
benefício para delação.” A mensagem foi reproduzida de acordo com o original,
incluindo erros de digitação ou de ortografia. Usuários também lembraram da
tentativa de relacionar o partido ao sequestro do empresário Abílio Diniz, em
1989.
Berço paulista
O PCC surgiu
em meados da década de 1990, em São Paulo, como reação ao caos do sistema
prisional, simbolizado pelo Massacre do Carandiru, quando 111 detentos foram
mortos pela polícia após uma rebelião no presídio da capital paulista que deu
nome ao massacre e já não existe mais. O grupo passou a se organizar nos
presídios, cobrando taxas dos ingressantes para garantir regras de convivência
e condições mínimas de segurança.
O grupo
cresceu em relevância a partir do período (que dura até hoje) em que São Paulo
passou a ser governado pelo PSDB, passando a comandar o lucrativo merda ilegal
de drogas, e outras ações criminosas, levando também o seu poder disciplinador
às periferias paulistas.
Em 2015, o
Estadão divulgou um depoimento de um delegado que afirmou que o governo
paulista – sob comando de Claúdio Lembo, vice de Geraldo Alckmin – teria feito
um acordo com o PCC, para por fim à rebelião nos presídios em todo o estado em
2006, em processo judicial que investigava advogados supostamente ligados ao
crime organizado.
No ano
passado, o senador Major Olímpio (PSL-SP), então deputado, deu entrevista ao
Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e demais Servidores Públicos
do Sistema Penitenciário (Sindcop), em que acusava o ex-governador Geraldo
Alckmin pelas “irresponsabilidades” em não fazer o devido combate às crescentes
ameaças por parte do crime organizado e de ser “padrinho” do PCC. Em troca de
não intervir nos negócios da facção administrados de dentro dos presídios, o
PCC concordava em coibir ações violentas, como o crime de homicídio, em todo o estado.
3 comentários:
TUDO DE MALÉVOLO QUE VIER PARA VOCÊ, SERÁ POUCO,
POR TUDO QUE VOCÊ FEZ DE MALDADE PARA O LULA...
TUDO DE MALÉVOLO QUE ACONTECER COM VOCÊ, SERÁ POUCO,
POR TODA MALDADE QUE FIZESTE COM O LULA!!!
Moro será em breve, auto destruído.
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