Coordenador da força-tarefa da Lava Jato aparentemente tinha
noção da ilegalidade de atos que realizava ou apoiava. Em um deles, sobre a
redação de uma minuta por uma procuradora para propor o impeachment de Gilmar
Mendes, conforme revela a nova Vaza Jato, alertou: "Ninguém pode ficar
sabendo, senão enfraquece"
16 de setembro
de 2019
O procurador
Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, alertou para que
'ninguém ficasse sabendo' de um ato ilegal tramado por uma colega, a
procuradora Thaméa Danelon, com forte apoio seu, o que demonstra que,
aparentemente, ele tinha noção da ilegalidade da prática.
A ideia era
redigir um pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, para ser entregue pelo advogado particular Modesto Carvalhosa,
conforme revelam mensagens trocadas em maio de 2017 no aplicativo Telegram e
divulgados em novo capítulo da Vaza Jato nesta segunda-feira 16 por Reinaldo
Azevedo.
Após apoiar
Thaméa, que contava ter recebido um pedido de Carvalhosa para que minutasse o
pedido de impeachment, Deltan Dallagnol alertou a procuradora, hoje cotada pelo
futuro procurador-geral da República, Augusto Aras, para chefiar a Lava Jato em
Brasília: "Ng pode ficar sabendo que olhamos se não enfraquece".
"Vão dizer
que é vinganca pq soltaram Dirceu. Precisa sair da sociedade mesmo",
completou Dallagnol. "Entendi. Não falarei para ninguém de vc!!",
prometeu a procuradora.
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