Depois de liderar os golpes de 1964, que lançaram o Brasil numa
ditadura de 21 anos, e de 2016, que permitiram a ascensão do neofascismo no
país, a Globo publica editorial nesta quinta em que pede defesa da democracia,
diante das ameaças bolsonaristas. Um dos argumentos da Globo em seu editorial é
o fim da exigência para publicar balanços em jornais impressos – o que faz
sentido econômico, diante das mudanças tecnológicas
12 de setembro
de 2019
Grupo de
comunicação com DNA eminentemente golpista, por ter lutado contra a democracia
brasileira em 1964 e em 2016, a Globo agora pede que as instituições defendam o
Brasil do autoritarismo de Jair Bolsonaro, que ela própria ajudou a eleger.
"Estes quase nove meses de governo Bolsonaro aconselham a necessidade de
uma especial atenção de instituições e organismos da sociedade a desvios de
poder que precisam ser coibidos e corrigidos", diz o editorial, que aponta
autoritarismo no fim da exigência de publicação de balanços em jornais
impressos – o que talvez seja um dos únicos acertos de Bolsonaro.
"O uso de
um recurso à disposição do governo federal, a medida provisória, para retaliar
a imprensa profissional, de que o presidente não gosta, é gritante manipulação
ilegal de instrumentos de Estado contra quem faz críticas ao governo. E o faz
por dever de ofício, respaldada pela Constituição. O presidente sancionou em
abril lei sobre a publicação de balanços, mas voltou atrás para editar MP a fim
de prejudicar jornais. A medida provisória acabou com qualquer obrigatoriedade
de empresas de capital aberto divulgarem balanços e relatórios em veículos de
grande circulação. A intenção foi explicitada pelo próprio Bolsonaro. Há pouco,
também por meio de MP, os atingidos foram jornais menores, do interior, nos
quais estados e prefeituras não precisarão mais divulgar convocações de
concorrência etc. Um ato autoritário típico. O perigo é que todo o discurso de
intolerância que este grupo joga nas redes sociais começa a se materializar em
decisões de governo com o mesmo viés. Os recursos de poder do Estado brasileiro
não podem estar a serviço de qualquer projeto que contrarie a
Constituição", aponta ainda o texto.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor