08/09/2019
A Folha de SP e
o site de The Intercept Brasil, neste domingo (8), trazem à tona os registros
de conversas entre procuradores da força-tarefa nas vésperas na nomeação do
ex-presidente Lula na Casa Civil de Dilma Rousseff.
Agentes da
Polícia Federal, grampearam 22 conversas do ex-presidente com Lula no ano de
2016 –inclusive com Dilma, que tinha prorrogativa de função (foro privilegiado)
pelo cargo que ocupava.
O grampo mais
controverso foi vazado pelo ex-juiz Sérgio Moro, no dia 16 de março de 2016,
para GloboNews que o divulgou ao vivo [para o orgasmo da força-tarefa Lava
Jato].
Diferente do que
publicou a velha mídia na época, inclusive a Folha, Lula resistia à ideia de
assumir a Casa Civil, porém, para o consumo público, o ex-presidente dizia que
poderia ajudar a manter de pé o governo e afastar o risco do impeachment de
Dilma.
Procuradores de
agentes da PF tinham particular interesse pela movimentação política de Lula e
Dilma, pois essa reaproximação (os petistas estavam extremados) poderia acalmar
o PMDB do vice-presidente Michel Temer e arrefecer o ânimo do então presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de derrubar a presidenta da República.
Nos diálogos
revelados hoje pela #VazaJato, fica evidente que os procuradores da
força-tarefa e o ex-juiz Sérgio Moro concorreram para o golpe contra Dilma e o
PT. Era a prova que faltava, a materialidade do crime cometido pela Lava Jato
contra a democracia em nome do suposto combate à corrupção.
Os repórteres da
Folha e do Intercept anotam ainda o áudio 1 minuto e 35 segundos que incendiou
a República. Os membros da força-tarefa temiam perder Lula para Brasília, caso
ele fosse nomeado ministro da Casa Civil. O grampo da conversa derradeira, em
16 de março, se deu ilegalmente porque Moro já tinha levantado o monitoramento.
No entanto, as operadoras de telefonia demoraram a interromper as gravações e a
PF continuou escutando ‘fora da lei’ o ex-presidente.
Numa das
mensagens do Telegram, o procurador Deltan Dallagnol ironiza o fato de o
ex-presidente Lula ter 9 dedos e o chama de “9” (nine). O petista perdeu um
dedo no torno mecânico, quando era operário.
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