O colunista Merval Pereira, do Globo, que é quem melhor expressa
a posição da família Marinho, publica nesta quarta-feira um artigo sobre as
"bravatas autoritárias" da família Bolsonaro – a mais recente a do
vereador Carlos, que disse não ser possível promover mudanças rápidas numa
democracia. "Os Bolsonaro têm uma visão de democracia muito relativa. Em
qualquer estado do Brasil, um vereador que escrevesse o que ele escreveu,
estaria sendo passível de cassação diante de uma comissão de ética", diz
ele
11 de setembro
de 2019
O jornalista
Merval Pereira, principal colunista político do jornal O Globo, grupo de
comunicação que foi decisivo na construção do golpe de 2016, que abriu as
portas para a ascensão do neofascismo no Brasil, agora se queixa das tentações
autoritárias do clã Bolsonaro. "Não, não é coincidência, nem má
interpretação. A família Bolsonaro vem, há anos, dando sinais de que não
considera a democracia um valor em si mesma", escreve ele.
"A família
Bolsonaro costuma fazer comentários que soam como uma ameaça à democracia. O
deputado federal Eduardo Bolsonaro, que quer ser embaixador do Brasil nos
Estados Unidos, já disse que para fechar o STF basta um soldado e um
cabo", afirma ainda o jornalista.
Em outro trecho,
ele chega a sugerir a cassação do vereador Carlos Bolsonaro, conhecido como
Carluxo. "Os Bolsonaro têm uma visão de democracia muito relativa. Em
qualquer estado do Brasil, um vereador que escrevesse o que ele escreveu,
estaria sendo passível de cassação diante de uma comissão de ética. Não se
comportou como exige o decoro parlamentar", afirma. "Essa de Carlos
Bolsonaro, como as anteriores de seu irmão Eduardo, e do pai, são bravatas
típicas de políticos autoritários, e no momento não encontram eco na realidade.
As instituições que o presidente ataca com frequência, Congresso, Judiciário,
imprensa, reagem a cada tentativa de ultrapassar os limites democráticos. Não
se pode normalizar uma declaração dessas", conclui.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor