A provável demissão de Maurício Valeixo do comando da PF, que deve ser
substituído por um delegado alinhado com o clã Bolsonaro, já provoca a
paralisia da instituição, o que leva a cúpula da organização a cobrar de Sergio
Moro uma postura mais corajosa diante da fritura e das humilhações que têm sido
impostas a ele por Jair Bolsonaro
14 de setembro de 2019
"A ameaça do presidente Jair
Bolsonaro (PSL) de trocar o direitor-geral da Polícia Federal desencadeou uma
disputa interna por cargos-chave e o temor de paralisação de setores do órgão.
Para neutralizar a ação do presidente, a cúpula da PF e superintendentes de
unidades regionais cobram uma decisão do ministro da Justiça, Sergio Moro, que
até agora não foi claro sobre o tema", informa a jornalista Camila
Mattoso, em reportagem publicada na Folha.
"Segundo integrantes da alta
hierarquia da PF, a indefinição sobre o futuro de Maurício Valeixo, atual DG,
como é conhecido o diretor-geral, impacta a rotina das superintendências.
Investigadores avaliam que os trabalhos que estão em andamento continuam
seguindo seu ritmo próprio, mas casos que estão para começar ficarão em
compasso de espera", informa ainda a jornalista.
Moro vem sendo fritado publicamente
por Bolsonaro e já sofreu derrotas no Coaf, na Receita, na PGR e agora na PF.
Questionado, ele decidiu não se manifestar sobre o caso e também deverá ser
alvo de uma CPI sobre a Vaza Jato, que conta com a colaboração informal de
parlamentares bolsonaristas.
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