Por Kiko
Nogueira - 3 de setembro de 2019
Glenn Greenwald
(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Entra
apresentador, sai apresentador e o Roda Viva continua, na essência, a mesma
sopa.
Dependendo do
entrevistado, não sendo amigo da casa, o clima é de inquisição.
No caso de Glenn
Greenwald, convidado desta segunda, dia 2, a missão da bancada era mostrar seus
métodos criminosos à frente do escândalo da Vaza Jato.
Um editor do
Globo, Gabriel Mascarenhas, conseguiu perguntar o seguinte: ”Você defende a
anulação sumária de todos os processos e condenações da Lava Jato?”
O editor do
Intercept falou o óbvio: não é jurista e não pode responder.
A âncora Daniela
Lima ressuscitou a tese apocalíptica de que a revelação das mensagens
resultaria na soltura de “Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima”, entre outros.
Faltaram o
Drácula, o King Kong, o Michael Jackson e o Charles Manson.
Ora.
Se o processo
deles estiver viciado e se o entendimento do Supremo for esse, que tenham um
novo julgamento.
Ana Maria
Campos, do Correio Braziliense, bateu o recorde de enrolação em torno do nada
para chegar a lugar nenhum.
Num fórum de
jornalistas, é espantoso que NINGUÉM tenha tido curiosidade sobre as
ilegalidades de Dallagnoll e Moro.
Ninguém.
Um show de
despreparo de um bando de gente repetindo a mesma papagaiada de Deltan e seus
cometas sobre os hackers de Araraquara.
Uma noite de
advogados medíocres da Lava Jato, tentando arrancar uma delação de Glenn
Greenwald.
“Não seria mais
fácil demitir repórteres e contratar hackers?”, questionou uma fulana. Jesus
amado.
No tocante —
como gosta Bolsonaro — a profissionais como aqueles, seria uma excelente troca.
Se serviu para
alguma coisa, o Roda Viva expôs o baixo nível do jornalismo corporativo
brasileiro.
De onde menos se
espera é que não vem nada, mesmo.
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