Em setembro de 2017, o então PGR Rodrigo Janot apresentou
denúncia contra o ex-presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, em que
acusa os dois de participarem de um "esquema de coleta de propinas de R$
1,48 bilhão". Dois anos depois, Janot reconhece a honestidade de Dilma.
"Não tenho nenhuma dúvida de que a Dilma não é corrupta"
28 de setembro
de 2019
O
ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou, na entrevista que
concedeu à revista Veja, que não tem “nenhuma dúvida" de que a
ex-presidente Dilma Rousseff não está envolvida em atoso de corrupção.
“É impossível que o Lula não fosse um dos
chefes de todo esse esquema. Não tenho dúvida de que ele é corrupto. Da mesma
forma que não tenho nenhuma dúvida de que a Dilma não é corrupta", disse
Janot, na entrevista em que também revelou ter ido armado a uma sessão do
Supremo Tribunal Federal com a intenção de assassinar o ministro Gilmar Mendes
(leia mais no Brasil 247)
Mesmo após as
revelações da Vaza Jato, que ignorou outros 21 telefonemas dados pelo
ex-presidente Lula para tentar garantir a governabilidade de Dilma, Janot
afirma que ela tentou obstruir as investigações ao nomeá-lo para a Casa Civil.
"Mas ela tentou atrapalhar as investigações com a história de nomear o
Lula como ministro da Casa Civil. A obstrução de Justiça aconteceu, tanto que
eu a denunciei.”
Apesar do
reconhecimento da honestidade da ex-presidente Dilma, Rodrigo Janot apresentou,
em setembro de 2017, uma denúncia contra o que ele chamou de “quadrilhão”,
incluindo Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff.
Como lembra
reportagem do Jornal GGN, a peça assinada por Janot e que foi aceita pela 10ª
Vara Federal em Brasília em novembro do ano passado afirma que os dois
ex-mandatários teriam tido participação em um esquema de coleta de propinas de
R$ 1,48 bilhão, entre 2002 e 2016.
A denúncia
sustentava que o esquema teria existido por vantagens supostamente ilícitas em
contratos da Petrobras, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) e do
Ministério do Planejamento nos governos dos dois ex-presidentes e que aponta
que se Lula era o “idealizador” da suposta organização criminosa, inclusive no
planejamento do sistema de arrecadação de propinas, Dilma integrou o
“quadrilhão” ainda em 2003, segundo Janot, quando assumiu o Ministério de Minas
e Energia.
Hoje, dois anos
depois, Rodrigo Janot desmente a própria denúncia criada por ele em 2017: “Até
agora não surgiu nenhuma prova que envolva a ex-presidente com corrupção”,
disse, entre as suas declarações.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]