(Foto: 247 | Ricardo Stuckert)
Em coluna na Folha de S.Paulo, o jornalista Juca Kfouri afirma
que "não reconhecer a dignidade" de Lula no sentido de recusar o
regime semiaberto é uma "pequenez sem tamanho". Colunista alerta para
os "intoxicados pela parcialidade" que elevaram juízes e procuradores
a "santos"
1 de outubro de
2019
O jornalista
Juca Kfouri afirma em coluna publicada na Folha de S.Paulo que "não
reconhecer dignidade na recusa de Lula é comportamento de pequenez sem tamanho,
com o perdão da aparente contradição".
"Reconheça-se
a grandeza de se recusar a ser solto", escreve o colunista. "Entendo
os que, intoxicados pela parcialidade, elevaram juízes e procuradores a santos,
mesmo que não passem do que as conversas publicadas pelo Intercept Brasil
revelam. Repilo a falta de caráter, a linguagem chula e a desonestidade dos que
sabem como a carapuça lhes cabe", continua.
Em referência à
recusa de Lula em deixr a prisão, o jornalista destaca o "direito à dúvida
sobre a justiça da sentença, dada a reação do sentenciado e, mais, reconhecer a
raridade do gesto, algo jamais visto no Brasil, quiçá no mundo".
Segundo Kfouri,
"comunicadores veem razões menores" na recusa do ex-presidente em
sair da prisão, "como se porque logo mais terá de voltar em nova
condenação".
"Nem se
trata de exigir generosidade de quem quer que seja, apenas caráter. Caráter
para não ser covarde ao xingar alguém que está preso, lição ensinada pelo
jornalista João Saldanha quando o bicheiro Castor de Andrade foi para a prisão,
tempos depois de ter invadido seu programa na televisão e ameaçado matá-lo.
Provocado por colega da mesa de debates para criticar Castor, Saldanha
respondeu que não falaria de quem não poderia se defender", afirma.
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