(Foto: Ricardo Stuckert | STF)
Em entrevista ao canal português RTP, que foi ao ar nesta
terça-feira 15, o ex-presidente descreveu sua expectativa dias antes de o STF
julgar a questão da segunda instância. "Eu só estou na expectativa de que
a Suprema Corte faça Justiça. Eu quero sair daqui de cabeça erguida",
reforçou
15 de outubro
de 2019
Em entrevista
ao canal português RTP, que foi ao ar no final da tarde desta terça-feira 15, o
ex-presidente Lula falou sobre o processo que o levou à prisão na Justiça, fez
duras críticas à Lava Jato e aos seus julgadores e também ao governo de Jair
Bolsonaro.
"Não se
trata de recusar, se trata de caráter. Porque não se encontra caráter para
comprar. Eu quero a minha dignidade plena", declarou, a respeito da
progressão de pena para o regime semiaberto, que foi defendida pela
força-tarefa da Lava Jato. Posteriormente ao posicionamento do MPF, a juíza
Gabriela Hardt impôs uma multa de R$ 4,9 milhões para que tivesse o direito.
Antes da
decisão sobre a multa, porém, Lula já havia decidido que permaneceria na prisão
para defender sua honra e continuar com os recursos que argumentam que o
ex-juiz Sergio Moro foi suspeito para julgar seu caso e que houve um conluio
para lhe condenar, prender e tirar das eleições.
"Porque
você tem um inquérito mentiroso, acusações do Ministério Público mentiosas e
sentenças mentirosas. As mesmas pessoas que contaram mentiras ao meu respeito,
porque o cenário político mudou, vieram a público para que o Lula vá para a sua
casa com o prêmio da progressão da pena. E eu não quero progressão de pena, eu
quero a minha inocência. Eu quero que julguem o mérito do meu processo.
Ponto", disse Lula.
"Como eu
acho que o juiz Moro mentiu, que o procurador Dallagnol mentiu, eu quero um
julgamento justo. Só isso", acrescentou.
O
ex-presidente desafiou ainda e disse esperar que "a Suprema Corte faça
Justiça". "Eu só estou na expectativa de que a Suprema Corte faça
Justiça. Eu quero sair daqui de cabeça erguida", reforçou.
"Eu estou
desafiando porque eu sou inocente. Eles têm muita facilidade de me
desmoralizar. É só apresentar uma prova", declarou ainda.
Na próxima
quinta-feira 17, o plenário do STF irá julgar três ADIs que tratam da
constitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância, em um
debate que pode beneficiar Lula.
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