(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
Ex-presidente Lula afirma não estar interessado em discutir uma
eventual ida para o semiaberto. "Não quero progressão da pena, quero a
minha inocência", continua. "Antigamente, era mais fácil. Mandava
esquartejar, salgar, pendurar no poste. Cometeram a bobagem de me prender,
cometeram a bobagem de me acusar, agora vão ter que suportar esse peso aqui
dentro"
17 de outubro de
2019
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva afirma que está mais interessado em discutir a
condenação dele sem provas pelo ex-juiz Sérgio Moro do que sobre a prisão em
segunda instância. Ao comentar a possibilidade de ir par ao regime semiaberto,
ele diz que o problema não é a tornozeleira eletrônica. "Não quero
progressão da pena, quero a minha inocência", continua.
"Não estou
reivindicando essa discussão de segunda instância. Não estou interessado nisso.
Eu estou interessado na minha inocência", diz ele ao site Uol na sede da
Polícia Federal, em Curitiba (PR).
Na entrevista,
Lula afirma não ter "meio-termo" com ele. O que eles vão fazer?
Antigamente, era mais fácil. Mandava esquartejar, salgar, pendurar no poste.
Cometeram a bobagem de me prender, cometeram a bobagem de me acusar, agora vão
ter que suportar esse peso aqui dentro", diz.
O ex-presidente
foi acuado de ter recebido um apartamento como propina da OAS. "Se eu
tenho um apartamento, alguém tem que ter uma escritura, alguém tem que ter um
recibo. O que não pode é inventar uma mentira para poder me condenar",
acrescenta ele.
De acordo com
Lula, o" Supremo, votando [contra a prisão em] segunda instância, estará
apenas cumprindo aquilo que está na Constituição, não estará fazendo um favor a
ninguém". "Você só ser preso depois que o processo ter transitado em
julgado não é favor a ninguém. É cumprir, pura e simplesmente, o que está na
Constituição. Quem quer apressar o julgamento é a Globo, motivando a opinião
pública", continua.
"Um
ministro da Suprema Corte e um juiz de primeira instância não devem se mover
pela pressão da opinião pública. Eles devem se mover pelos autos, perceber o
que está no processo, se tem prova ou não tem prova, se precisa condenar ou não
condenar. Porque se não, vamos ter que eleger promotor pela via direta. Não
será mais escolhido por concurso", complementa.
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