POR FERNANDO
BRITO · 19/10/2019
Glenn
Greenwald voltou, depois de um longo tempo, a ocupar-se pessoalmente dos novos
episódios da “Vaza Jato”, a longa e chocante série de revelações das mensagens
trocadas entre os procuradores da Força Tarefa de Curitiba, a PGR e policiais
federais. É um possível sinal de que estão se aproximando as mais fortes
revelações sobre a conspiração da Lava Jato, das quais o jornalista tem toda a
razão de querer participar diretamente.
Agora,o The
Intercept mostra que Moro articulou e comandou as operações da PF que
culminaram com a condução coercitiva de Lula para depor (no Aeroporto de
Congonha, em 4 de março de 2016) e nas ações de busca e apreensão no seu
apartamento em São Bernardo, no sítio de Atibaia que frequentava e no prédio do
Instituto Lula.
A
interferência é tanta que o delegado Luciano Flores, delegado da PF, diz, num
dos diálogos, em tom jocoso que ““Russo [apelido de Moro entre procuradores e
policiais deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk”.
A “vitima” de
Moro, contra quem não havia pedido do MP para busca e apreensão foi Rogério
Aurélio Pimentel, de quem Moro disse, por conta própria, que seria o
responsável pela “fiscalização das obras” no sítio de Atibaia, quando os
procuradores afirmam que ele teria sido responsável pelo recebimento da mudança
do ex-presidente, vinda de Brasília e para quem não solicitam a medida.
Se ainda fosse
necessário mostrar que Moro saiu do papel de juiz para o de investigador,
bastaria. Mas há mais e aguardem muito mais para breve.
Porque, como
se diz no futebol, chegou a hora em que Glenn chamou o jogo para si.
Tijolaço
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor