POR FERNANDO
BRITO · 15/10/2019
Os ministros
do STF começam a julgar depois de amanhã a prisão em 2ª instância sob uma
sombra terrível, que ele próprio deixou se formar.
Para qualquer
um que não viva no país da maravilhas de Alice, está claro que o aparelho
policial foi apropriado, via Sergio Moro, pelo governo do clã.
E quem achar,
como achou Luciano Bivar, que se aliar a ele criaria uma blindagem, errou feio.
Longe de valer
alguma coisa, é claro que Bivar não alugou o partido a Bolsonaro de graça.
Como, quanto e se foi, efetivamente, pago, é coisa que só eles, Gustavo
Bebianno e os “meninos” sabem.
Mas há algo
que todos sabem, ou deveriam saber, de escancarado que está.
É que somos
governados por um homem que não debate e não se confronta políticamente. É
alguém que, um belo dia, dá um bote surpreendente dos seus aliados.
Quem se
interessar por História, leia sobre a Noite das Longas Facas alemã.
Bolsonaro
devora qualquer um por seus planos de poder, que é imperial e, ao que pretende,
hereditário.
Esta vantagem
se constrói, essencialmente, com o domínio da informação.
Não, não me
refiro à pública, a que está na imprensa e nas redes.
Falo da
arapongagem extraoficial e da oficial, construída por um aparelho policial
ideológica e profissionalmente comprometido.
Que leva ao
“Mito” tudo o que se passa não apenas em investigações sigilosas como naquilo
que está sendo obtido pela interceptação que nenhuma alta autoridade do
Legislativo ou do Judiciário duvida que está sofrendo.
Entre os
ministros do STF que não se avassalaram, por completo, ao autoritarismo só
resta uma possível – e apenas possível – salvação: deter o poder que se exerce
por meio de Sergio Moro e sua onisciência e onipotência.
Do contrário,
é provável que um deles esteja tendo a cabeça entregue numa bandeja.
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