De janeiro a setembro deste ano, a atividade econômica cearense
acumulou avanço de 2,29%, conforme cálculos do Banco Central. No mesmo período,
a economia nacional cresceu 0,80% e a do Nordeste, 0,74%
15 DE NOVEMBRO
DE 2019
Apesar de uma
ligeira queda em setembro, de 0,10%, a atividade econômica no Ceará avançou
2,29% nos primeiros nove meses deste ano, superando o crescimento observado no
Nordeste (0,74%) e no Brasil (0,80%) no mesmo período. Se considerado o
acumulado de 12 meses, desde setembro de 2018, a atividade no Estado avançou
2,38%, superando também os resultados do Nordeste (0,83%) e do Brasil (0,99%).
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (14), são do Índice de Atividade
Econômica (IBC), divulgado mensalmente pelo Banco Central.
A expectativa é
que a economia cearense feche 2019 com crescimento superior à média da Região e
do País. "Essa leve queda em setembro pode ser vista como algo cíclico,
sazonal, que talvez tenha sido impactada pelo setor do agronegócio. Mas o que
nós temos visto nos últimos meses é que o Ceará vem crescendo muito mais do que
a média nacional", diz o economista Ricardo Coimbra.
Enquanto a
atividade no Ceará recuou 0,10% na passagem de agosto para setembro, no
Nordeste houve queda de 0,01% e, no Brasil, alta de 0,44%, na série com ajuste
sazonal.
"De modo
geral, a expectativa é que a economia cearense mantenha essa tendência de
crescimento bem acima da média do Nordeste e do Brasil", avalia Coimbra.
O índice do
Banco Central, considerado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB),
incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia:
indústria, comércio e serviços, e agropecuária, além do volume de impostos. O
índice é uma forma de avaliar a evolução mensal da atividade econômica
brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a
Selic.
Investimentos
O economista
Lauro Chaves Neto, membro do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e professor
da Universidade Estadual do Ceará (Uece), acrescenta que, no longo prazo, os
investimentos em infraestrutura e logística, como no Complexo Industrial e
Portuário do Pecém (Cipp) e no Aeroporto Internacional de Fortaleza, deverão
garantir o crescimento econômico do Estado em patamares elevados.
"No longo
prazo, nós temos alguns eixos que irão puxar o crescimento do Ceará, como o
Cipp que se consolida a cada dia, o hub (centro de conexões) aeroportuário, e o
setor de energias renováveis", aponta o economista.
No terceiro
trimestre, o índice no Ceará apresentou alta de 0,17%, em relação ao segundo
trimestre. Na mesma comparação, a economia brasileira avançou 0,91% e a do
Nordeste retraiu 0,16%. Já em relação ao terceiro trimestre de 2018, a economia
cearense cresceu 1,62%, a do Brasil, 0,99%, e a do Nordeste, o,29%. Para este
ano, os economistas consultados pelo Banco Central estimam um crescimento de
0,92% para a economia brasileira.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor