(Foto: Marcos Corrêa/PR | Webysther Nunes)
O jornal da família Frias, que apoiou o golpe de estado de 2016
contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a eleição fraudada de 2018 sem a
participação do ex-presidente Lula, apela neste domingo para que o Legislativo
e o STF contenham os ímpetos autoritários do projeto neofascista de Jair
Bolsonaro, que só chegou ao poder com a conivência da mídia corporativa
1 de dezembro
de 2019
O jornal Folha
de S. Paulo, que em 2016 apoiou a destruição da democracia brasileira com o
golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e apenas três anos depois
se tornou alvo da ira neofascista do bolsonarismo, apela neste domingo para que
os poderes Legislativo e Judiciário contenham o projeto neofascista que se
tenta implantar no Brasil.
"Os
reiterados flertes do governo Jair Bolsonaro com símbolos autoritários
ampliaram o clima de desconfiança no Legislativo e no Judiciário e reforçaram a
avaliação nesses dois Poderes de que a estabilidade e a segurança jurídica e
institucional do país dependem, cada vez mais, do Congresso e do STF (Supremo
Tribunal Federal) —e menos do Palácio do Planalto", aponta a principal
reportagem deste domingo do jornal da família Frias, assinada pela jornalista
Thais Arbex.
"A reação
imediata dos presidentes do Supremo, Dias Toffoli, e da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), à fala do ministro Paulo Guedes (Economia) sobre o AI-5 teve caráter
quase que pedagógico, avaliam congressistas e ministros das cortes
superiores", aponta ainda a jornalista, que diz que "Toffoli e Maia
atuaram para estabelecer limites, freando a escalada da retórica autoritária do
governo."
A realidade,
no entanto, aponta que os principais veículos da mídia corporativa vivem uma
situação esquizofrênica no Brasil. Apoiaram o golpe de 2016 para que fosse
implantado um projeto neoliberal na economia, mas lamentam que este mesmo
projeto esteja sendo implantado com tintas autoritárias e neofascistas – sem se
dar conta de que neoliberalismo e democracia talvez sejam incompatíveis nos
dias atuais.
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