(Foto: Reprodução | PR)
"O presidente Bolsonaro preferiu manter constante ambiente
de conflito e estresse na sociedade. Brigou até com o partido pelo qual se
elegeu. Criou a rotina hedionda de diariamente sair e exibir-se para uma claque
de apoiadores, agredindo os repórteres que fazem plantão na porta do
Palácio", diz a jornalista
31 de dezembro
de 2019
"O ano de
2019 na economia nunca poderá ser avaliado apenas pela economia. Houve em volta
um ambiente de contínua piora institucional. O governo fez um ataque
sistemático aos valores da democracia. Não ficou apenas em palavras. Das
referências a um novo AI-5, feitas até pelo ministro da Economia, à demolição
do aparato de proteção ambiental, às ameaças ao pluralismo na educação e na
cultura, foram muitos os erros deste primeiro ano do governo Bolsonaro. A
agenda presidencial oscilou entre miudezas e agressões. Foi um péssimo primeiro
ano", diz a jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, em seu último
artigo de 2019.
"Normalmente,
os presidentes aproveitam a lua de mel após a posse para tentar atrair
eleitores que não votaram nele mas torcem para que o governo dê certo. O
presidente Bolsonaro preferiu manter constante ambiente de conflito e estresse
na sociedade. Brigou até com o partido pelo qual se elegeu. Criou a rotina
hedionda de diariamente sair e exibir-se para uma claque de apoiadores, agredindo
os repórteres que fazem plantão na porta do Palácio. De falas escatológicas,
sobre a frequência da ida ao banheiro, até declarações homofóbicas, tudo foi
servido nessas declarações matinais. O pior são as mentiras deliberadamente
divulgadas nessas entrevistas ou na rede social", afirma.
"A
economia se ressentiu do desgaste provocado pelas crises fabricadas pelo
governo. O PIB poderia ter sido mais forte não fosse a imperícia na condução do
país. O contexto encolheu o desempenho da economia. A torcida é por um 2020
melhor. Feliz ano novo", conclui.
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