(Foto: Agencia Brasil)
"Por óbvio, contém manter boas relações com a maior
potência econômica e militar do mundo. Daí à genuflexão há distância,
contudo", aponta o editorial do jornal desta quinta-feira
26 de dezembro
de 2019
O jornal Folha
de S. Paulo, em editorial publicado nesta quinta-feira, aponta a destruição do
Itamaraty no governo de Jair Bolsonaro. "Foi do órgão comandado por dentro
pelo chanceler Ernesto Araújo e por fora pelo deputado e filho 03 Eduardo
Bolsonaro, com palpites do assessor Filipe Martins, que partiram algumas das
crises mais palpáveis do ano", diz o texto.
O editorial
também aponta a submissão total do Brasil aos interesses dos Estados Unidos.
"Por óbvio, contém manter boas relações com a maior potência econômica e
militar do mundo. Daí à genuflexão há distância, contudo", aponta o
editorialista. "Na América Latina, Brasília afastou-se do papel de líder
natural. Depois de intrometer-se na eleição presidencial argentina, Bolsonaro
antagonizou-se com o maior parceiro local porque saiu vitoriosa uma candidatura
à esquerda. Quanto à arruinada Venezuela, a influência americana quase gerou um
desastre no começo do ano, quando o governo flertou com a ideia de intervenção
contra a ditadura de Nicolás Maduro. O despautério acabou devidamente abortado
pela cúpula militar."
Outro desastre
é a ideia da embaixada em Jerusalém. "De modo semelhante, a pasta da
Agricultura conseguiu impedir que fosse levada a cabo outra intenção desastrosa
—a prometida mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para
Jerusalém", aponta o editorial.
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