O papel do ex-PM Fabrício Queiroz, amigo da família Bolsonaro,
que centralizava o recebimento de boa parte dos salários dos assessores
contratados pelo gabinete do deputado, no golpe da “rachadinha”, é de fato
central. Queiroz é mantido em virtual clandestinidade, diz o editorial do
jornal da família Marinho
20 de dezembro
de 2019
O jornal O
Globo, da família Marinho, crava: o senador Flávio Bolsonaro cometeu o crime de
lavagem de dinheiro no esquema Queiroz, ao empregar parentes de seu pai, Jair,
que desviavam seus próprios salários para o esquema Queiroz, que pagava
despesas da família e também de milicianos que atuam em grupos de extermínio.
"Voltam a
avançar as investigações do inquérito de Flávio Bolsonaro e delas saem
contornos nítidos de um esquema com alguma robustez de lavagem de dinheiro. O
papel do ex-PM Fabrício Queiroz, amigo da família Bolsonaro, que centralizava o
recebimento de boa parte dos salários dos assessores contratados pelo gabinete
do deputado, no golpe da 'rachadinha', é de fato central. Queiroz é mantido em
virtual clandestinidade", diz o editorial do Globo.
"Para
segurança do esquema, eram contratadas pessoas de confiança. Familiares de
Queiroz, parentes da primeira mulher do presidente, Ana Cristina Siqueira
Valle, moradores de Resende — portanto, funcionários fantasmas —, e ainda foi
descoberto um relacionamento próximo, pelo menos de Flávio Bolsonaro, com outro
ex-PM, Adriano Nóbrega, miliciano, foragido por ser acusado de participar de
grupo de extermínio. Sua ex-mulher, Danielle Mendonça, era uma das pessoas
lotadas no gabinete de Flávio e que não trabalhavam. O MP conseguiu detalhar a
maneira como Flávio Bolsonaro usou uma loja de chocolates de que é sócio em um
shopping para lavar dinheiro. Também fez operações no mercado
imobiliário", aponta ainda o editorialista.
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